Os homens armados chegaram depois da meia-noite de terça-feira e cercaram moradores na aldeia de Yewuti, alguns dos quais participavam de uma cerimónia local, disse Daniel Ishaku, assessor do presidente do conselho local de Kwali, à agência Associated Press.
"Tiraram as pessoas do recinto e depois entraram nas casas e levaram mais algumas pessoas. Depois foram em direção ao mato", descreveu Ishaku.
O jornal local Daily Trust noticiou que entre os sequestrados há crianças e que alguns dos reféns conseguiram escapar.
As autoridades policiais chegaram horas depois e procuravam os assaltantes ao redor da aldeia, que fica a cerca de 100 quilómetros do centro da cidade de Abuja.
Vários estados do noroeste e centro da Nigéria são aterrorizados por bandos armados - conhecidos localmente como "bandidos" - que atacam aldeias, matam residentes e recorrem ao rapto para obterem um resgate.
Os ataques na Nigéria, anteriormente concentrados no nordeste do país, onde opera o Boko Haram e o grupo dissidente Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA, na sigla em inglês), alargaram-se nos últimos anos a outras zonas, fazendo disparar os alarmes relativamente à possibilidade de estas redes terroristas, que usam os raptos como fonte de financiamento, estarem a expandir-se.
Estes grupos de "bandidos armados", como habitualmente são chamados pelo Governo nigeriano, são responsáveis por dezenas de sequestros e ataques nos últimos meses, especialmente contra centros educativos, escolas e universidades, e meios de transporte, com o objetivo de angariar financiamento através dos resgates.
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