"A companhia que opera numa mina de ouro na Etiópia e a refinaria que tratou do ouro não tomaram qualquer ação face às preocupações sobre a poluição da mina durante anos; a mina reabriu apesar de o governo ter ordenado o seu encerramento, no seguimento de protestos, e os estudos mostram que os residentes foram expostos a metais tóxicos", lê-se num comunicado desta ONG.
"O governo devia suspender as operações da mina e as empresas envolvidas deviam dar compensação e cuidados de saúde aos residentes afetados, para além de limparem a poluição que fizeram", acrescenta ainda a HRW.
Em causa está a mina industrial de ouro Lega Dembi, cuja licença foi suspensa em maio de 2018, no seguimento de protestos sobre a poluição e os impactos para a saúde, com o governo a garantir, na altura, que a mina não seria reaberta até que os problemas de poluição fossem resolvidos, segundo a HRW.
"No entanto, a nossa pesquisa concluiu que a mina recomeçou as operações em março de 2021, sem quaisquer passos aparentes para reduzir a poluição", conclui-se no comunicado.
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