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Justiça senegalesa adia para maio julgamento do opositor Ousmane Sonko

O julgamento do opositor senegalês Ousmane Sonko, acusado de difamar um ministro, foi adiado para 8 de maio, anunciou hoje um juiz do tribunal de Dacar.

Justiça senegalesa adia para maio julgamento do opositor Ousmane Sonko
Notícias ao Minuto

13:07 - 17/04/23 por Lusa

Mundo Senegal

Sonko deveria começar a ser julgado hoje por acusações de difamação contra o ministro do Turismo, Mame Niang, membro do partido presidencial, após ter sido condenado em 30 de março a pena suspensa de dois meses e ao pagamento de 300.000 euros de indemnização ao ministro.

Sonko e a sua fação política acusam o Governo de utilizar a justiça para impedi-lo de concorrer às presidenciais em 2024, mas o opositor ao regime mantém, no entanto, a sua elegibilidade para a eleição presidencial de 2024, segundo os seus advogados.

O campo presidencial, por sua vez, acusa Sonko de querer paralisar o país com os apelos a sucessivos protestos contra o governo e de utilizar as ruas para escapar da justiça.

Em março de 2021, um processo contra Sonko num outro caso, de alegada violação, e a sua detenção a caminho do tribunal resultaram nos distúrbios mais graves no país nos últimos anos, com pelo menos uma dúzia de mortes.

Os protestos voltaram á rua no atual contexto e pelo menos uma pessoa morreu em consequência de confrontos em Dacar em 16 de março, dia em que devia ter começado o julgamento de Sonko mas tem vindo a ser adiado.

Hoje, a oposição não tinha convocado manifestações, mas o bairro onde se situa a casa de Sonko, que foi informado de que não teria de se apresentar em tribunal, foi cercado pela polícia, constatou um jornalista da France-Presse.

O Senegal, conhecido como uma rara ilha de estabilidade numa região conturbada, está há meses sob tensão devido ao tenso confronto entre a maioria presidencial e a fação do opositor Ousmane Sonko.

A oposição denunciou repetidamente que o Presidente tem planos de concorrer a um terceiro mandato, quando a constituição senegalesa estipula que um Presidente não pode servir mais de dois mandatos consecutivos.

O Presidente Macky Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém-se omisso sobre as suas intenções relativamente às eleições presidenciais de fevereiro de 2024, para as quais já se apresentaram cerca de vinte candidatos.

No entanto, várias vozes têm-se levantando no campo presidencial para defender a ideia de um terceiro mandato, invocando a revisão constitucional de 2016, que colocaria no zero essa contagem, segundo estes.

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