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Seca. Argentina e FMI fecham acordo sobre alterações nos empréstimos

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, acertou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) uma "reformulação" do programa de financiamento em resposta ao impacto da seca na economia argentina.

Seca. Argentina e FMI fecham acordo sobre alterações nos empréstimos
Notícias ao Minuto

20:51 - 16/04/23 por Lusa

Mundo Seca

Depois de fechar o acordo, Sergio Massa reuniu-se em Washington, nos Estados Unidos da América, com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.

Antes desse encontro, o ministro da Economia da Argentina esteve reunido com a subdiretora-geral do FMI, Gita Gopinath.

"Tivemos uma reunião muito produtiva [...]. Conversámos sobre o impacto da pior seca da história argentina e comprometemo-nos a continuar a trabalhar juntos para fortalecer o programa perante este cenário difícil", disse Sergio Massa, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Por sua vez, Gita Gopinath destacou o "bom encontro" com o ministro da Argentina, sublinhando o compromisso de continuar a trabalhar em conjunto para responder ao impacto da seca no país da América do Sul.

Sergio Massa também se reuniu com a nova diretora-geral de Operações do Banco Mundial (BM), Anna Bjerde, encontro que resultou no anúncio de que a entidade desembolsará 950 milhões de dólares (cerca de 863 milhões de euros) nos próximos meses para vários projetos com base no impacto da seca na Argentina.

O ministro qualificou o encontro com Anna Bjerde como "muito positivo", em que foi ratificado o sólido apoio à Argentina perante a situação de seca.

Na sua conta no Twitter, a diretora-geral de Operações do BM afirmou que "a Argentina está a passar pela sua pior seca desde 1906" e reiterou que o Banco Mundial é "um parceiro fundamental para garantir um retorno sustentável ao crescimento e resiliência a longo prazo".

Em dezembro, a inflação na Argentina chegou a 5,1%, totalizando 94,8% em 2022 e deixando o país apenas atrás de Venezuela, Zimbábue e Líbano e à frente de países em conflito como Síria, Ucrânia, Etiópia e Myanmar.

Com quase 95% de inflação em 2022, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC), a Argentina atingiu a pior taxa dos últimos 32 anos, superando os 84% de 1991.

Os quase 95% de 2022 praticamente duplicam os 50,9% de 2021 e mais do que duplicam a faixa de 38% a 48% para 2022, comprometida com o FMI no acordo financeiro fechado em março do ano passado.

Em três anos de mandato, desde dezembro de 2019, o Presidente argentino, Alberto Fernández, atingiu o recorde de 300% de inflação acumulada.

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