Um grupo dentro do movimento liderado por al-Sadr, que se autodenomina "Donos da Causa", acredita que o seu líder é Imam Mahdi, um chefe religioso xiita que desapareceu há mais de 1.000 anos e que deverá regressar à frente de um exército de fiéis para derrotar o mal.
O conselho judicial do supremo tribunal do Iraque anunciou hoje que um tribunal de investigação ordenou a prisão de 65 alegados membros do grupo, que descreveu como um "gangue" disruptor.
"Quero ser um reformador para o Iraque e não consigo reformar o movimento sadrista", afirmou al-Sadr na rede social Twitter.
Acrescentou que irá interromper todas as atividades do movimento, exceto as religiosas.
Al-Sadr abandonou a política em agosto de 2022, depois de um ano de paralisia política no parlamento com o seu partido a não conseguir formar um governo maioritário.
Depois da sua renúncia à política, centenas de seguidores de al-Sadr invadiram o palácio do governo e entraram em confrontos com as autoridades.
Pelo menos 15 manifestantes morreram nos confrontos.
Al-Sadr conquistou uma base forte de seguidores, muitos dos quais vêm dos setores mais pobres da sociedade iraquiana e foram também apoiantes do seu pai, uma importante figura no islamismo xiita.
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