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Diplomata russo admite libertação de jornalista em troca de prisioneiros

Um alto diplomata russo disse hoje que o seu país pode estar disponível para discutir uma eventual troca de prisioneiros com os EUA no caso envolvendo um repórter do Wall Street Journal detido por espionagem, Evan Gershkovich.

Diplomata russo admite libertação de jornalista em troca de prisioneiros
Notícias ao Minuto

16:04 - 13/04/23 por Lusa

Mundo Evan Gershkovich

Evan Gershkovich, de 31 anos, a direção do jornal e o Governo dos EUA negam que o jornalista esteja envolvido em espionagem e exigem a sua libertação junto do Kremlin.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Ryabkov, disse à agência de notícias estatal Tass que as conversas sobre uma eventual troca de prisioneiros podem ocorrer através dos canais dedicados que as agências de segurança russas e norte-americanas estabeleceram para estes fins.

"Temos um canal de trabalho que foi usado no passado para alcançar acordos concretos, e esses acordos foram cumpridos", lembrou Ryabkov, acrescentando que não há necessidade do envolvimento de nenhum terceiro país para mediar o conflito.

Ainda assim, o vice-ministro sublinhou que Moscovo apenas negociará uma possível troca de prisioneiros após um julgamento do jornalista, quando outros casos de espionagem duraram um ano ou mais.

Em dezembro, a estrela de basquete norte-americano Brittney Griner foi trocada pelo traficante de armas russo Viktor Bout, após ter sido julgado e condenado por posse de drogas.

Durante o caso Griner, o Kremlin pediu repetidamente aos Estados Unidos para que a Casa Branca se socorresse do "canal especial" para discutir uma solução, com troca de prisioneiros.

Gershkovich pode ter de cumprir até 20 anos de prisão, se for condenado.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, já pediu ao seu homólogo russo, Serguei Lavrov, para que liberte de imediato de Gershkovich.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, falou entretanto com os pais de Greshkovich, na terça-feira, aproveitando para condenar de novo publicamente o comportamento das autoridades russas.

Na segunda-feira, o Governo dos EUA disse que Gershkovich estava "detido injustamente", uma designação que significa que um gabinete do Departamento de Estado irá assumir a liderança no processo de tentativa de libertação.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve Gershkovich em Yekaterinburg, a quarta maior cidade da Rússia, em 29 de março.

O jornalista do Wall Street Journal é o primeiro correspondente norte-americano a ser detido na Rússia por alegada espionagem, desde o fim da Guerra Fria.

O FSB acusa Gershkovich de tentar obter informações classificadas sobre uma fábrica de armas russa.

Gershkovich está detido na prisão de Lefortovo, em Moscovo.

Leia Também: Moscovo admite que não autorizou visita consular a jornalista detido

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