Thabo Bester, um violador e assassino condenado, que fingiu a sua própria morte para escapar da prisão em maio do ano passado, foi colocado na prisão de máxima segurança Kgosi Mampuru, conhecida localmente por "C-Max", em Pretória, a capital do país, avançaram as autoridades sul-africanas.
"Podemos confirmar que esses fugitivos foram deportados para a África do Sul. Thabo Bester foi readmitido na instalação correcional Kgosi Mampuru Central Maximum" e "Nandipha Magudumana está presa, aguardando a sua primeira audiência no tribunal", explicou o Governo sul-africano, em comunicado.
Os fugitivos Thabo Bester e Nandipha Magudumana foram repatriados para a África do Sul num voo que aterrou nas primeiras horas da manhã de hoje num aeroporto regional de Joanesburgo, em Lanseria, segundo a imprensa sul-africana.
Em conferência de imprensa, o ministro da Polícia, Bheki Cele explicou que os dois fugitivos sul-africanos saíram do país "ilegalmente", "sem documentos", utilizando "transporte moçambicano", sem avançar detalhes.
Thabo Bester, a sua cúmplice Nandipha Magudumana, bem como um nacional moçambicano, Zakaria Alberto, foram detidos no norte da Tanzânia, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com o Quénia, na passada sexta-feira à noite, segundo as autoridades sul-africanas.
A deportação dos dois fugitivos sul-africanos ocorre cinco dias após a visita de uma delegação de altos funcionários do Governo sul-africano à Tanzânia.
Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Polícia da África do Sul confirmou que o moçambicano, que "assistiu" os dois fugitivos sul-africanos, não foi deportado para a África do Sul, estando a ser investigado sob custódia policial na Tanzânia.
"Ele não foi deportado para a África do Sul, ainda está sob investigação relativamente ao seu papel no caso e se terá de responder por crimes na África do Sul, isso será guiado pelas investigações [em curso]", disse à Lusa Lirandzu Themba, porta-voz do ministro da Polícia.
Apelidado de "violador do Facebook", Thabo Bester atraiu as suas vítimas através das redes sociais, antes de as violar e roubar, tendo pelo menos uma das vítimas sido morta. Em 2012, foi condenado a prisão perpétua por violação, roubo e homicídio.
Pelo menos cinco pessoas foram detidas até à data, incluindo Bester e Magudumana, anunciou também o comissário da Polícia sul-africana Fannie Masemola, na conferência de imprensa conjunta com os ministros da Polícia e da Justiça e Serviços Correcionais.
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