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Documentos secretos dos EUA dizem que Guterres acomoda interesses russos

Da documentação classificada que foi divulgada online constam comunicações privadas entre o secretário-geral da ONU e o seu adjunto.

Documentos secretos dos EUA dizem que Guterres acomoda interesses russos
Notícias ao Minuto

23:22 - 12/04/23 por Notícias ao Minuto

Mundo António Guterres

Os documentos ultrassecretos do Pentágono que foram indevidamente divulgados nos últimos dias mostram que o governo dos Estados Unidos acredita que o secretário-geral da ONU, António Guterres, está demasiado disposto a acomodar os interesses russos, reporta a BBC.

Os documentos, acerca dos quais se tem questionado e discutido sobre se são (ou não) autênticos, oferecem alguns dados acerca da visão de Washington sobre o conflito, até agora não conhecidos por outras vias. Os mesmos mostram, deste modo, que Washington tem monitorizado de perto António Guterres, ao citar comunicações privadas entre o secretário-geral da ONU e o seu adjunto.

Sobre, de um modo mais concreto, o acordo de exportação de cereais por via do Mar Negro, mediado pela ONU e pela Turquia em julho passado, os ficheiros citados indicam que Guterres estaria, alegadamente, tão interessado em preservar a negociação que estava, consequentemente, disposto a acomodar os interesses da Rússia para torná-lo possível.

"Guterres salientou os seus esforços para melhorar a capacidade de exportação da Rússia", refere o documento citado, que acrescenta: "mesmo que isso envolva entidades ou indivíduos russos sancionados".

Na (alegada) perspetiva norte-americana, as ações de Guterres no mês de fevereiro estavam, por sua vez, "a minar esforços mais amplos para responsabilizar Moscovo pelas suas ações na Ucrânia", fazendo uma alusão às posições iniciais do líder da ONU no que concerne a este conflito.

Desde o início da guerra, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8.500 civis já morreram, ao passo que quase 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Documentos secretos dos EUA dizem que guerra durará para além de 2023

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