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Qatargate. Eva Kaili vai sair da prisão com pulseira eletrónica

A justiça belga decidiu hoje colocar em regime de prisão domiciliária com pulseira eletrónica a ex-vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), Eva Kaili, figura chave na investigação do caso de corrupção conhecido por 'Qatargate'.

Qatargate. Eva Kaili vai sair da prisão com pulseira eletrónica
Notícias ao Minuto

15:34 - 12/04/23 por Lusa

Mundo Qatargate

"Eva Kaili será libertada da prisão. Ficará em prisão domiciliária na Bélgica e sob vigilância eletrónica. O juiz de instrução acaba de tomar a decisão", disse à AFP Antoon Schotsaert, magistrado do Ministério Público Federal belga.

Do escândalo de corrupção Qatargate, que envolve vários eurodeputados e o recebimento de recompensas por posições favoráveis a países como o Qatar e Marrocos, a ex-presidente do PE, eleita pelos socialistas gregos, era a única que permanecia detida.

Eva Kaila, que tem negado as acusações, é suspeita de ter intercedido durante vários anos a favor de potências estrangeiras nas decisões do Parlamento Europeu, em troca de pagamentos em dinheiro.

A ex-vice-presidente do PE, 44 anos, mãe de uma filha de dois anos, foi destituída do cargo em meados de dezembro.

Eva Kaili não beneficiou de imunidade parlamentar porque o crime foi detetado em flagrante delito, tendo sido descobertos "sacos de dinheiro" no seu apartamento.

Terça-feira, o Tribunal de Bruxelas decidiu também que o eurodeputado belga Marc Tarabella, envolvido no escândalo de corrupção Qatargate, ficará em regime de liberdade vigiada com pulseira eletrónica, disse o porta-voz do Ministério Público Federal.

Tarabella permanecerá à disposição dos investigadores e do juiz de instrução caso precisem de mais informação, adiantou o gabinete do eurodeputado, que relembrou que o acusado sempre defendeu a sua inocência.

Tarabella foi detido no dia 10 de fevereiro, depois de lhe ter sido retirada a imunidade parlamentar.

Em relação ao mesmo esquema foram detidos os eurodeputados Francesco Georgi e Pier Antonio Panzeri, suposto líder do esquema, e Andrea Cozzolino.

Georgi conseguiu a liberdade condicional com pulseira eletrónica a 23 de fevereiro, enquanto Panzeri adquiriu o mesmo regime a 06 deste mês.

Panzeri, ex-eurodeputado italiano, aceitou colaborar com a investigação policial em troca de benefícios relacionados com a pena.

Andrea Cozzolino encontra-se em prisão domiciliária em Nápoles enquanto aguarda pela decisão judicial sobre a sua entrega às autoridades belgas.

O Qatar e Marrocos negaram veementemente ser a fonte de qualquer corrupção.

Leia Também: Qatargate. Tribunal belga rejeita pedidos de libertação de eurodeputados

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