Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 21º

Segunda condenação em Espanha por divulgação de 'fake news' na Internet

Uma mulher foi condenada em Espanha a um ano de prisão por ter difundido na Internet um vídeo que dizia ser de jovens imigrantes violentos, mas que na realidade havia sido registado numa escola brasileira, foi hoje divulgado.

Segunda condenação em Espanha por divulgação de 'fake news' na Internet
Notícias ao Minuto

18:24 - 11/04/23 por Lusa

Mundo Espanha

A mulher aceitou hoje esta condenação, através de um acordo com o Ministério Público, numa audiência num tribunal de Barcelona, e não chegou, por isso, a ser julgada.

Esta é a segunda condenação de uma pessoa em Espanha por divulgação intencional e consciente de conteúdos falsos (conhecidos como 'fake news') na Internet.

Em novembro do ano passado, um homem aceitou a condenação de um tribunal, também em Barcelona, a 15 meses de prisão por divulgar na Internet um vídeo em que atribuía a um imigrante menor a autoria de uma agressão que na realidade ocorreu na China.

O condenado, membro da força policial Guarda Civil, reconheceu os factos de que estava acusado e aceitou a sentença, que o considerou culpado de um delito contra os direitos fundamentais, por divulgar em 2019 um conteúdo falso com o objetivo de difamar grupos vulneráveis, neste caso, imigrantes menores que chegam a Espanha não acompanhados por adultos.

No caso hoje decidido, a mulher condenada a um ano de prisão reconheceu ter divulgado na Internet um vídeo, em junho de 2019, em que se viam alunos numa sala de aula a gritar, a lançar mesas e a insultar uma professora, a quem atiravam papéis.

A mulher agora condenada divulgou o vídeo e escreveu um texto a acompanhar as imagens, feitas numa escola brasileira, em que dizia tratar-se de "um centro educativo para imigrantes ilegais" que assim "agradecem o acolhimento" dos espanhóis.

O Ministério Público acusou a mulher de pretender, "com manifesto desprezo pela verdade", associar "um comportamento violento com o coletivo de menores migrantes, contribuindo para criar preconceitos" e "um sentimento de rejeição" em relação a estas pessoas.

No acordo hoje alcançado em tribunal, a mulher reconheceu ser a autora de um delito de ódio e aceitou a condenação a um ano de prisão. Terá ainda de pagar uma multa de 900 euros e não poderá trabalhar em profissões ligadas à educação.

Por não ter antecedentes penais, o tribunal decidiu que a pena de prisão fica suspensa e que a mulher (que não trabalha e disse ser pensionista) terá de fazer uma formação sobre diversidade cultural para não entrar na cadeia.

Leia Também: Independência. Catalunha avança em 2024 com nova proposta de referendo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório