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Teme-se retoma de abate de animais após morte de elefantes no Chade

Pelo menos cinco elefantes foram abatidos na semana passada no sul do Chade por caçadores furtivos que levaram as presas, segundo as autoridades e uma organização não-governamental (ONG), que hoje se manifestou alarmada pelo "súbito recomeço" destes casos.

Teme-se retoma de abate de animais após morte de elefantes no Chade
Notícias ao Minuto

17:07 - 11/04/23 por Lusa

Mundo Chade

Restam menos de 1.500 paquidermes no Chade em 2023, em comparação com as dezenas de milhares referenciadas há 30 anos, e as últimas mortes conhecidas pelo seu marfim foram em 2017, disse em comunicado a ONG chadiana SOS Elefantes.

"Pelo menos cinco elefantes foram mortos na semana passada por caçadores furtivos" na zona de Beinamar, capital do departamento de Dodjé, 400 quilómetros a sul da capital, N'Djamena, disse Adam Ahmat Assane, secretário-geral da SOS Elefantes, citado pela agência France-Presse.

"Os elefantes foram mortos, mas o seu número ainda não me foi comunicado, as nossas forças estão a tentar localizar os caçadores furtivos que os abateram", confirmou Hamid Mahamat Hissein Itno, diretor-geral adjunto da Administração Florestal, Vida Selvagem e Pescas.

Os animais foram abatidos por "homens a cavalo" e os corpos foram encontrados "sem as presas", disse a ONG numa declaração, que se manifestou "preocupada com o súbito recomeço deste grave ataque à vida selvagem do Chade".

Este tipo de caça furtiva "parou gradualmente há cerca de 10 anos", depois de o Presidente chadiano Idriss Déby Itno, que morreu há dois anos em combate contra os rebeldes, "ter tomado medidas muito rigorosas para proteger os últimos elefantes no Chade a partir de 2008", continuou a ONG.

A maioria dos cerca de 1.500 elefantes listados pela associação vivem em reservas protegidas, mas são abatidos logo que deixam aquelas áreas, explica a SOS Elefantes, que apela ao Presidente, Mahamat Idriss Déby Itno, proclamado chefe de Estado pelo exército após a morte do pai em 20 de abril de 2021, a "mostrar a máxima firmeza".

Entre 2009 e 2011, mais de 200 elefantes foram abatidos nas províncias de Chari Baguirmi e Mayo Kebbi East", perto de Beinamar e da fronteira com os Camarões, disse Ahmat Assane, acrescentando que os últimos episódios deste tipo aconteceram em 2016 e 2017 naquelas duas regiões, com pelo menos 20" paquidermes mortos.

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