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Ruanda e Quénia saúdam avanços na estabilização do leste da RDCongo

Os presidentes do Ruanda, Paul Kagame, e do Quénia, William Ruto, saudaram hoje em Kigali os progressos conseguidos pela Força Regional da Comunidade da África Oriental (EAC) na República Democrática do Congo (RDCongo), país assolado pela violência.

Ruanda e Quénia saúdam avanços na estabilização do leste da RDCongo

© ShutterStock

Lusa
04/04/2023 19:51 ‧ há 2 anos por Lusa

Mundo

RDCongo

"Os progressos estão aí e agora é só preciso irmos fazendo mais", disse o Presidente ruandês durante a conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo queniano, que começou hoje uma visita oficial de dois dias ao Ruanda.

Na conferência de imprensa, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, Kagame destacou ser "uma boa ideia" que os líderes africanos procurem soluções para os seus próprios problemas em vez de esperar que outras potências ofereçam ajuda.

"Temos observado muitas novidades positivas em matéria de segurança no leste da RDCongo durante os últimos três meses", apontou Ruto.

Os comentários dos chefes de Estado surgem na sequência das declarações de ex-presidente queniano Uhuru Kenyatta, atual mediador da EAC, o bloco regional de sete países, sobre o conflito da RDCongo, nas quais aplaudiu a atuação da força militar em que participam tropas do Quénia, Burundi, Uganda e Sudão do Sul.

Kenyatta também se congratulou com a retirada do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) de três localidades no território de Masisi e com a evolução da situação em Rutshuru, no Bunagana, todas tomadas pelo M23 no último ano ao exército congolês.

As tropas sul-sudanesas foram as últimas a juntar-se a esta força regional, que também inclui o Quénia, com contingentes destacados nas cidades de Kibati, Kibumba e Rumamgabo; Burundi, com presença em Sake, Mushaki, Karuba, Kilolirwe; e Uganda, presente em Bunagana.

Nestas localidades e zonas, todas situadas na província de Kivu do Norte, a intensa luta do M23 contra as posições do exército governamental tem vindo a decorrer desde março de 2022, após os rebeldes terem reativado as suas operações após uma pausa de vários anos.

Os rebeldes conseguiram ocupar numerosas áreas e localidades estratégicas, provocando a fuga de mais de milhares de civis, segundo a ONU.

Os avanços da M23 também desencadearam uma crise diplomática em que Kinshasa acusa Kigali de apoiar o M23, o que é reiteradamente negado pelo Ruanda, apesar de pelo menos dois relatórios da ONU confirmarem a colaboração.

O Ruanda e o M23 acusam o exército da RDCongo de cooperar com as Forças Democráticas Revolucionárias de Libertação do Ruanda (FDLR), fundadas em 2000 por dirigentes responsáveis pelo genocídio de 1994 e outros ruandeses exilados na RDCongo para recuperarem o poder político no seu país de origem.

Esta colaboração foi também confirmada pela ONU.

Desde 1998 que o leste da RDCongo é palco de conflitos alimentados por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz da ONU no país (Monusco).

A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares a pegar em armas e, de acordo com o grupo de reflexão Barómetro de Segurança de Kivu (KST, na sigla em inglês), o extremo leste da RDCongo é um campo de batalha para cerca de 120 grupos rebeldes.

Leia Também: Organizações humanitárias defendem "resposta urgente" na RDCongo

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