Cinco pessoas foram detidas na sequência de um incêndio que matou, na segunda-feira, 39 migrantes numa delegação do Instituto Nacional de Migração (INM) mexicano, em Cidade Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos.
De acordo com as autoridades, citadas pela agência France-Presse (AFP) foram emitidos seis mandados contra três funcionários, dois seguranças privados e um migrante, que terá começado o incêndio. Os responsáveis não especificaram, no entanto, quais destas cinco pessoas tinham sido detidas.
Segundo o governo mexicano, também citado pela AFP, pelo menos este migrante pode ser responsável por ter começado o fogo, num protestos contra as deportações. Para além das vítimas mortais, pelo menos 27 pessoas ficaram feridas.
Segundo a investigação que estava a decorrer, as pessoas responsáveis pelas instalações onde estavam os migrantes nada terão feito para retirar os migrantes do local.
As vítimas mortais são 18 pessoas do Guatemala, sete de El Salvador, sete da Venezuela, seis das Honduras e uma pessoa tinha origem colombiana. Na quinta-feira, apenas um dos 27 feridos tinha tido alta hospitalar.
As autoridades estão a investigar a situação depois de terem sido levantadas dúvidas sobre a atuação dos seguranças do local, já que, de acordo com as imagens de vigilância, estes parecem ter ido embora deixando as pessoas numa cela enquanto o fogo e um fumo se estariam a espalhar.
Segundo a ministra da Segurança do país, em conferência de imprensa ontem, oito pessoas foram identificadas como alegadamente responsáveis pela situação. Já o presidente, Andrés Manuel López Obrador, garantiu que não haveria "impunidade" no âmbito desta situação
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