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Habitantes de Amsterdão contestam construção de centro erótico

Centenas de moradores e empresários do bairro sul da capital holandesa criticaram a autarca de Amesterdão, Femke Halsema, por querer construir no bairro um centro erótico, como alternativa ao 'Red Light District', para afastar a prostituição do centro histórico.

Habitantes de Amsterdão contestam construção de centro erótico
Notícias ao Minuto

23:15 - 29/03/23 por Lusa

Mundo Países Baixos

Femke Halsema realizou hoje uma reunião com 400 moradores e empresários do bairro Amsterdam-Zuid, para "explicar os planos para o centro erótico", conforme consta do convite oficial.

Mas no encontro enfrentou muitas críticas dos presentes, alguns dos quais mostravam faixas e luzes vermelhas como forma de protesto contra o plano de transferir a prostituição para o bairro e os problemas que implica.

"Não tenho mais vontade de morar neste bairro e deixar o meu filho estudar na linha Noord-Zuid. Sou contra isto e é por isso que quero que a minha voz seja ouvida aqui. Isto é inaceitável", disse um morador do bairro, em declarações ao canal local AT5.

Desde 2019, líderes políticos locais preparam o lançamento de um "centro erótico" ou "hotel de prostituição", como alternativa ao Red Light District, tendo sido a lista de possíveis locais reduzida para três em fevereiro: "De Groene Zoom" e "Europaboulevard", ambos próximos à zona proposta para Amsterdam-Zuid, e a terceira opção na área de Docklandsplot, em Amsterdam-Noord.

A autarca revelou na reunião preocupações com possíveis tiroteios e tráfico de drogas no 'bairro vermelho' e, perante as críticas, assegurou que "no momento em que houver incómodo, em que houver traficantes - o que não creio que aconteça - haverá aplicação da lei".

Após mais de duas horas de reunião, segundo a imprensa no local, não houve reaproximação entre as partes sobre a possível transferência da prostituição para o distrito sul de Amesterdão.

A própria autarca terá admitido que encerrava a reunião com a sensação de que "ninguém foi conquistado", embora tenha ressalvado que "as pessoas também não estavam a fim de se convencer de nada, vieram mesmo protestar e isso é direito delas, mas o debate continua", já que não foi ainda tomada a decisão definitiva sobre a localização do centro erótico.

O projeto prevê a construção de um prédio que terá 100 vagas disponíveis para profissionais do sexo, independentemente de género ou orientação sexual, e a instalação também contará com salas de descanso e espaço dedicado a serviços sociais e de saúde e negócios de entretenimento (erótico), restauração, educação, arte e cultura.

Além dos moradores, a autarca de Amesterdão também se desentendeu, nas últimas semanas, com as profissionais do sexo, que também não concordam com a transferência para a periferia da cidade.

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