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Guerra pode durar? Podolyak contrapõe: "Peskov e Lavrov estão errados"
O conselheiro presidencial ucraniano atirou ainda que, para o fim do conflito, "deve acontecer um reinício em Moscovo e o negociador deve mudar".
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, reagiu no sentido contrário às afirmações do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que vieram a público e foram, entretanto, confirmadas, esta quarta-feira, quanto à duração da guerra na Ucrânia. Para o responsável, o conflito poderá terminar de forma diplomática, caso “a Federação Russa se retirar imediatamente do território ocupado”.
“Peskov e Lavrov [ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov] estão errados: a guerra pode terminar diplomaticamente, se a Federação Russa se retirar imediatamente do território ocupado”, começou por escrever Podolyak, na rede social Twitter.
O conselheiro presidencial ucraniano foi mais longe, atirando que, para isso, “deve acontecer um reinício em Moscovo e o negociador deve mudar”, e “novas derrotas do exército russo podem ajudar”, assinalando que o “fornecimento de armas está a aumentar”.
Esta posição surgiu depois de o porta-voz do Kremlin ter revelado que a guerra duraria "muito, muito tempo", num alegado jantar com amigos, desanimando os presentes.
#Peskov/#Lavrov are wrong: the war can be ended diplomatically.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 29, 2023
If RF immediately withdraws from the occupied land. A reboot must happen in Moscow for that & the negotiator must change. New defeats of the Russian army can help with that. The supply of weapons is being increased.
O responsável viria, esta quarta-feira, a confirmar ter proferido estas afirmações, tendo reforçado ainda a defender a posição de que a guerra foi desencadeada por outros países contra a Rússia.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.401 civis desde o início da guerra e 14.023 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Após revelações virem a público, Peskov admite: Guerra "deve durar"
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