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Putin admite que sanções ocidentais "poderão ter impacto" na Rússia

Estas afirmações surgiram durante uma reunião governamental, na qual o chefe de Estado apelou para que os responsáveis evitem "burocracia desnecessária".

Putin admite que sanções ocidentais "poderão ter impacto" na Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu, esta quarta-feira, que as sanções ocidentais aplicadas àquele país devido à ofensiva militar levada a cabo contra a Ucrânia poderão vir a ter um "impacto negativo" na economia russa.

Estas afirmações surgiram durante uma reunião governamental, na qual o chefe de Estado apelou a que os responsáveis evitem burocracia desnecessária, de forma a "apoiar e fortalecer as tendências positivas" e "aumentar a eficiência".

“Tem de ser feito rapidamente, sem burocracias desnecessárias, porque as sanções ilegítimas impostas na economia russa podem, de facto, ter um impacto negativo a médio prazo”, salientou Putin, num vídeo partilhado na rede social Twitter pelo conselheiro do Ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko.

De notar que, no início do mês, o chefe de Estado russo assegurou, no âmbito de uma reunião realizada em Moscovo com membros do Sindicato dos Empresários Russos, que a economia do país seguia firme, apesar das sanções aplicadas pelo Ocidente no rescaldo da guerra na Ucrânia.

Nessa linha, Putin contrapôs que, para os aliados de Kyiv, “chegou a um ponto em que os seus líderes sugerem que os cidadãos comam nabos em vez de alface ou tomates”, segundo o The Independent.

“O nabo é um bom produto, mas provavelmente também teriam de ir buscar nabos à Rússia, porque as nossas colheitas excedem significativamente os números dos nossos vizinhos na Europa”, disse, em tom jocoso, citado pelo The Guardian.

O presidente russo referia-se à sugestão feita pela ministra do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais britânica, Thérèse Coffe, de trocar certos alimentos por vegetais sazonais, como nabos, que têm sido associados a períodos menos prósperos.

No entanto, admitiu, já na altura, que havia uma série de problemas "relacionados com a logística, as finanças, as infraestrutura e a tecnologia" que ainda têm de ser resolvidos, além de ter reconhecido haver perigo de, a médio prazo, se registar um impacto negativo na economia nacional devido às sanções ocidentais.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.401 civis desde o início da guerra e 14.023 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

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