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Paquistão exige desde hoje vacina contra a poliomielite a quem sair do país

As autoridades paquistanesas começaram hoje a exigir um certificado de vacinação contra a poliomielite a todas as pessoas que saiam do Paquistão, uma medida recomendada pela ONU perante o crescimento alarmante da doença em todo o mundo.

Paquistão exige desde hoje vacina contra a poliomielite a quem sair do país
Notícias ao Minuto

13:26 - 01/06/14 por Lusa

Mundo Vacinação

Um alto responsável do Ministério da Saúde paquistanês, que pediu para não ser identificado, avançou hoje ao jornal diário local Express Tribune que todos os postos de vacinação nos hospitais e aeroportos devem estar em pleno funcionamento dentro de 24 horas.

O Ministério da Saúde emitiu uma circular aos governos de cada uma das províncias deste país asiático para que se comprometam a certificar que qualquer pessoa que deixa o Paquistão, independentemente da idade, casta ou credo, é vacinada, segundo a agência espanhola Efe.

No início de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esta medida perante o aumento alarmante de casos de poliomielite no país (61 até agora, contra 91 em 2013) e a evidência de que o Paquistão se tornou o maior foco global de infeção.

A OMS fez uma recomendação para que a vacinação seja obrigatória no Paquistão, nos Camarões e na Síria.

A Efe adianta que o Paquistão se tornou uma dor de cabeça para os organismos internacionais de saúde devido à propagação do vírus para outros países, onde a doença tinha sido erradicada e registaram cinco casos em 2012 e 224 no ano passado.

A Organização Mundial da Saúde confirmou casos recentes desta doença, provenientes do Paquistão, em países como a Síria, Israel, Palestina e Egito.

A subida imparável do número de pessoas infetadas está muito relacionada com a incapacidade de vacinar centenas de milhares de crianças nas regiões tribais no noroeste do Paquistão.

O principal obstáculo para a luta contra a poliomielite no Paquistão é a série de ataques armados perpetrados por grupos fundamentalistas contra as equipas de vacinação, que fizeram 30 mortos, em 2013, e 20 este ano.

Entre outros argumentos, os fundamentalistas afirmam que a campanha contra a poliomielite faz parte de um complô ocidental para esterilizar os muçulmanos e que os vacinadores trabalham como espiões para a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos

Na semana passada, a CIA anunciou a criação de uma norma de trabalho para que não voltem ser utilizadas nas suas operações falsas campanhas de vacinação, como aconteceu há três anos durante as buscas para encontrar o líder da Al-Qaida, Usama bin Laden.

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infeciosa viral aguda transmitida de pessoa a pessoa, principalmente pela via fecal-oral. Atinge em particular crianças com menos de cinco anos.

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