Washington tenta repatriar americanos que continuam no Afeganistão

Os Estados Unidos estão a tentar repatriar cerca de 40 americanos que ainda se encontram no Afeganistão, disse o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, numa audiência parlamentar onde abordou a caótica retirada dos EUA do país em agosto de 2021.

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© STEFANI REYNOLDS/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
24/03/2023 06:22 ‧ 24/03/2023 por Lusa

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EUA

"Há cerca de 175 americanos que se afirmam como tal, com quem estamos em contacto, 44 deles estão prontos para partir e estamos a trabalhar nisso", adiantou Blinken, acrescentando que os EUA ajudaram cerca de 975 americanos a deixar o Afeganistão desde 31 de agosto de 2021.

O responsável pela diplomacia norte-americana mencionou também "vários americanos detidos pelos talibãs que os Estados Unidos procuram libertar", sem dar pormenores "a pedido das suas famílias".

As declarações de Blinken foram proferidas perante a Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dominada pelos Republicanos.

Vários membros, incluindo o presidente republicano da comissão, Michael McCaul, denunciaram o "fiasco" da retirada dos EUA do Afeganistão e exigiram que o Departamento de Estado fornecesse documentos confidenciais.

Caso isso não aconteça, a Comissão ameaçou emitir uma intimação para a obtenção dos documentos até segunda-feira à noite.

"Trabalharei incansavelmente até obter respostas, e iremos obtê-las, mesmo que isso signifique subir na cadeia de comando", acentuou McCaul.

No centro da controvérsia está informação diplomática confidencial assinada por diplomatas que desafia a decisão do Presidente, Joe Biden, de ordenar a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

O Departamento de Estado recusa-se a libertar a informação em nome da proteção dos canais confidenciais dentro do departamento.

Ao assumir o controlo da Câmara dos Representantes, a oposição republicana a Biden prometeu avançar com investigações sobre a retirada do Afeganistão e sobre as origens da pandemia originada pela covid-19.

A 30 de agosto de 2021, um minuto antes da meia-noite, o último soldado americano voou do aeroporto de Cabul, 24 horas antes do prazo estabelecido pelo presidente americano para a retirada das tropas do país, quando os talibãs tinham recuperado o poder.

A retirada das tropas pôs fim à mais longa intervenção militar americana, que começou em resposta ao ataque de 11 de setembro de 2001.

A operação provocou a morte a mais de 2.400 soldados americanos, segundo os militares norte-americanos.

Leia Também: Há já 11 mortos no sismo que abalou o Afeganistão e o Paquistão

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