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Julgamento de Trump em processo de violação com júri anónimo

Os júris anónimos são invulgares, particularmente fora de casos criminais.

Julgamento de Trump em processo de violação com júri anónimo

Getty Images 

Notícias ao Minuto

06:04 - 24/03/23 por Lusa

Mundo EUA

Os nomes dos jurados serão mantidos em segredo no julgamento civil num processo de violação contra o ex-Presidente dos EUA Donald Trump, decidiu na quinta-feira um juiz, citando "um risco muito forte" de outra forma serem alvo de assédio.

Os júris anónimos são invulgares, particularmente fora de casos criminais.

A Associated Press e o Daily News de Nova Iorque opuseram-se à intenção de ocultar as identidades dos jurados no julgamento por causa da alegação da colunista E. Jean Carroll, negada por Trump, de que o republicano a violou nos anos 90.

O juiz Lewis A. Kaplan sublinhou estar preocupado com o facto de os jurados serem sujeitos a atenção indesejada por parte dos meios de comunicação social e "assédio ou pior" por parte de apoiantes de um presidente que violou o processo judicial, ou de pessoas descontentes com qualquer veredito que se pudesse seguir.

"Com base nas circunstâncias sem precedentes em que este julgamento terá lugar, incluindo a extensa publicidade prejulgamento e um risco muito forte de os jurados recearem assédio, invasões indesejadas da sua privacidade e retaliação", escreveu Kaplan, "há fortes razões para acreditar que o júri necessita da proteção".

Os advogados de Carroll recusaram-se a comentar. A advogada de Trump, Alina Habba, disse que não queria que os jurados "sentissem qualquer pressão ou influência externa" no julgamento, marcado para começar no final do próximo mês.

"O anonimato ajudará a assegurar que a sua decisão se baseie unicamente nos factos que lhes são apresentados", argumentou Habba, insistindo que esses factos iriam " irrefutavelmente inocentar" Trump.

Há um historial de tribunais federais que consideram que os nomes dos jurados são registos públicos, e o raciocínio de que tal abertura elimina potenciais suspeitas públicas sobre o processo de seleção, mas os tribunais também permitiram exceções para proteger o júri, por vezes em casos que envolvem alegações de terrorismo, crime organizado ou anterior adulteração de jurados.

O caso de Carroll envolve uma alegada violação. Trump nega a agressão sexual ou mesmo conhecê-la, acrescentando repetidamente que ela "não é" o seu tipo.

Os dois foram fotografados juntos com os seus então cônjuges num evento social de 1987, uma imagem que Trump justificou como um encontro momentâneo de que não se lembra e identificou erroneamente Carroll como uma das suas ex-mulheres quando lhe foi mostrada a fotografia no ano passado, enquanto era interrogado sob juramento no âmbito do processo judicial.

A Associated Press geralmente não identifica as pessoas que alegam ter sido agredidas sexualmente, a menos que se apresentem publicamente, como fez Carroll.

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