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EUA. Mulher que ajudou a roubar portátil de Pelosi condenada a 3 anos

Mais de 400 pessoas foram condenadas por crimes relacionados com o ataque ao Capitólio e os consequentes esforços dos apoiantes de Donald Trump, de tentar travar a certificação dos resultados eleitorais de 2020.

EUA. Mulher que ajudou a roubar portátil de Pelosi condenada a 3 anos
Notícias ao Minuto

22:22 - 23/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ataque ao Capitólio

Riley June Williams, uma das milhares de pessoas que entrou no Congresso norte-americano no dia 6 de janeiro de 2021, foi condenada esta quinta-feira a três anos de prisão por invadir o escritório da então 'speaker', Nancy Pelosi.

Williams, de 23 anos, natural do estado do Pensilvânia, está ligada a milícias de extrema-direita e a grupos supremacistas brancos, e fez parte de um dos primeiros grupos a entrar pelo Capitólio, incentivando a multidão a insultar polícias e a vandalizar o Capitólio.

A mulher acabou por não ser condenada pelo roubo do portátil de Nancy Pelosi, do qual era acusada, simplesmente porque não ficou provado que esta tenha ficado com o dispositivo após a invasão. Em vez disso, a juíza condenou Williams por seis crimes, incluindo conduta desordeira, obstrução de procedimentos eleitorais, entre outros.

No processo, citado pela Associated Press, a acusação disse que a jovem "agiu como uma aceleradora, exacerbando o caos". "Onde outros voltaram para trás, ela empurrou para a frente", apontaram os procuradores, considerando Williams como uma das pessoas que mais incentivou a invasão.

No escritório de Nancy Pelosi, a justiça afirmou que Williams usou homens armados como "arietes de combate" para entrar no local, roubando o martelo usado pela líder da Câmara dos Representantes e encorajando os restantes motineiros a roubar o portátil (filmando o incidente numa câmara recolhida pelas autoridades).

Depois de 90 minutos passados no interior do Capitólio, a jovem extremista voltou a casa e destruiu todas as provas antes de ser detida, apagou as suas redes sociais, restaurou a memória do seu telemóvel e formatou o computador. Mas, de volta às redes sociais, passou a gabar-se por roubar propriedade de Nancy Pelosi, contando que iria tentar vender os dispositivos a indivíduos russos.

Amy Berman Jackson, a juíza responsável pelo caso, condenou ainda a mulher a mais três anos de pena suspensa e ao pagamento de 2.000 dólares (cerca de 1.800 euros) de indemnização.

Riley June Williams era uma grande apoiante de movimentos nacionalistas e supremacistas, estando particularmente ligada ao grupo 'Groyper' e ao seu líder, o influenciador de extrema-direita Nick Fuentes - uma personalidade extremamente antissemita e misógina, que assumiu um maior protagonismo depois de se associar à campanha do rapper Kanye West.

Tal como milhares de outros apoiantes de Donald Trump, Williams estava convicta de que a eleição de 2020 foi roubada a favor de Joe Biden, espalhando teorias de conspiração sobre fraude eleitoral que foram sendo refutadas por todas as entidades competentes nos Estados Unidos. De recordar que a invasão ao Capitólio, levada a cabo pelos apoiantes do ex-presidente, serviu para travar o processo de certificação dos resultados eleitorais, que deram a vitória a Biden.

Até agora, mais de mil pessoas foram acusadas de crimes relacionados com a invasão ao Capitólio e mais de 400 foram condenadas (com metade a receber penas de prisão entre sete dias a 10 anos).

Leia Também: Capitólio. Seis membros dos 'Oath Keepers' considerados culpados

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