A resolução, redigida pelos Estados Unidos da América, foi aprovada por todos os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

O projeto aprovado estende o mandato do painel de peritos até 30 de abril de 2024 e solicita aos especialistas que apresentem o seu relatório intermédio ao Conselho até 08 de setembro e o relatório final até 02 de fevereiro de 2024.

"Temos o prazer de ver esta resolução reautorizar o mandato do painel de peritos, que fornece avaliações, análises e recomendações independentes, confiáveis e baseadas em factos sobre a implementação das resoluções do Conselho de Segurança relacionadas com a Coreia do Norte", disse o diplomata norte-americano Robert Wood.

"Este trabalho nunca foi tão importante à luz do número sem precedentes de provocações da Coreia do Norte. Discutimos várias propostas antes da decisão de procurar uma renovação técnica. Embora não tenhamos chegado a uma decisão sobre um pacote que aborde todas essas preocupações, esperamos continuar a discutir esses itens importantes", acrescentou.

De acordo com o diplomata, entre as principais preocupações estão fugas de informação, o funcionamento interno e a composição do painel, assim como a melhoria do processo de recebimento de avaliações regulares do painel sobre os avanços dos mísseis balísticos de Pyongyang.

"Esta renovação do mandato reafirmou o que várias resoluções determinaram: que a proliferação de armas nucleares, químicas e biológicas, bem como os seus meios de lançamento, continuam a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais. Estamos felizes por ver todos os membros do Conselho reiterar isso", indicou Wood.

Apesar de a resolução ter sido aprovada unanimemente, a China e a Rússia acusaram os EUA de não implementar as suas propostas de alteração ao projeto, nomeadamente em relação aos efeitos não intencionais das sanções sobre a situação humanitária na Coreia do Norte.

"A China votou a favor deste projeto de resolução, mas, ao mesmo tempo, gostaria de salientar que as resoluções do Conselho sobre a Coreia do Norte estabelecem claramente que as sanções não devem ter um impacto humanitário adverso na vida dos norte-coreanos. (...) A China fez repetidos apelos nesse sentido (...) mas os principais elementos das mudanças propostas pela China não foram levados em consideração", criticou o representante de Pequim.

Posição semelhante foi apresentada por Moscovo, que considerou "lamentável" que os EUA não tenham incorporado uma série de propostas apresentadas pela delegação russa sobre a necessidade de minimizar o impacto das sanções na população norte-coreana.

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