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Uganda. Casal acusado de torturar filho adotado foi libertado sob fiança

Um tribunal ugandês concedeu a fiança a um casal norte-americano detido em dezembro sob a acusação de torturar uma criança de 10 anos que tinham ao seu cuidado, anunciou hoje fonte judicial.

Uganda. Casal acusado de torturar filho adotado foi libertado sob fiança
Notícias ao Minuto

18:57 - 23/03/23 por Lusa

Mundo Uganda

De acordo com o tribunal, Nicholas e Mackenzie Spencer, ambos com 32 anos, enfrentam acusações de "tráfico agravado" de uma criança e "tortura agravada" do rapaz alegadamente feitas entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022.

O casal foi detido em dezembro, na sequência de uma denúncia da ama da criança, que frequentava uma escola para crianças portadoras de deficiência, em que aquela relatou "repetidos tratamentos desumanos e inapropriados".

Além das acusações de "tortura" e "tráfico" de crianças, que implicam uma pena de prisão perpétua, o casal é ainda acusado de permanecer no Uganda com um visto caducado.

O casal, que nega todas as acusações, foi detido numa prisão de alta segurança fora da capital, Kampala.

Na audiência de hoje sobre a fiança, o juiz Isaac Muwata libertou o casal mediante o pagamento de uma fiança de 50 milhões de xelins ugandeses (12.000 euros) e na condição de entregarem os seus passaportes às autoridades ugandesas, disse o seu advogado, David Mpanga, citado pela agência France-Presse.

O casal disse ao juiz que ambos sofriam de uma condição rara que não podia ser tratada adequadamente no sistema prisional ugandês, tendo o magistrado concordado que o casal poderia ser libertado da prisão para tratamento.

Quando foram detidos em dezembro, os investigadores encontraram provas de que a criança dormia numa "plataforma de madeira, sem colchão".

O rapaz era uma das três crianças a cargo do casal.

As adoções internacionais de crianças criaram controvérsia no Uganda.

Em 2020, as autoridades dos Estados Unidos da América processaram e impuseram sanções económicas a uma organização de adoção com sede nos EUA que colocou crianças não órfãs em famílias norte-americanas.

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