Biden volta a cair nas sondagens. Economia gera maiores preocupações
O eleitorado democrata mais jovem não tem gostado da forma como o presidente tem gerido a economia, e os colapsos recentes na banca internacional não ajudaram os números.

© Andrew Harrer/Bloomberg via Getty Images

Mundo Joe Biden
A praticamente um ano e meio das próximas eleições, o presidente norte-americano voltou a ver a sua taxa de aprovação cair para os valores muito baixos do seu primeiro mandato, numa altura em que a administração tenta lidar com episódios instáveis na banca e com a inflação.
Segundo uma nova sondagem da agência de notícias Associated Press e do NORC Center for Public Affairs Research, cerca de 38% dos inquiridos deram uma nota positiva à presidência de Joe Biden, menos sete pontos percentuais do que os 45% em fevereiro.
O valor deverá soar alarmes na Casa Branca, já que o ponto mais baixo da liderança de Biden surgiu em julho do ano passado, quando - numa altura em que a inflação e os efeitos da guerra começaram a fazer-se sentir nos combustíveis e na alimentação, e as eleições intercalares estavam a aproximar-se - apenas 36% dos inquiridos disse ter uma imagem positiva do presidente.
Enquanto que o Partido Republicano já tem candidatos anunciados - nomeadamente Donald Trump e Nikki Haley, com Ron DeSantis próximo de anunciar a sua participação -, é esperado que Biden anuncie a sua recandidatura durante o verão, não sendo expectável grande oposição ao líder democrata.
Alguns dos entrevistados manifestaram o seu desagrado com as atitudes mistas de Joe Biden, criticando-o ora por se mostrar extremamente leal e firme, ora por demonstram alguma agressividade a mais.
Um dos grandes fatores que tem prejudicado o presidente dos Estados Unidos é a economia, apesar do seu grande plano de investimento pós-pandemia, em infraestruturas, projetos de sustentabilidade climática, apoios para os serviços de saúde, entre outros. Muitos inquiridos não gostam da propaganda do governo que, num cenário de inflação e de subida de preços, tem-se regozijado pelos seus feitos
A sondagem aponta que apenas 31% aprova a forma como Joe Biden tem gerido a economia nacional, o pior resultado desde o início da sua presidência. E este valor mais negativo deve-se em grande parte aos eleitores democratas, já que, embora 76% dos inquiridos à esquerda apoie o líder norte-americano, apenas 63% dos mesmos democratas aprova as suas políticas económicas.
O cenário torna-se ainda mais preocupante quando a sondagem mede os eleitores mais jovens. Nos inquiridos com menos de 45 anos que se identificam como democratas, apenas 54% aprova a sua liderança económica, comparativamente com 72% dos democratas com mais de 45 anos.
No total, apenas um quarto dos norte-americanos considera que a economia está bom ou que o país está a ir no caminho certo.
Quanto aos restantes tópicos, 39% aprova a sua política de assuntos internacionais e diplomacia (74% dos eleitores democratas e 9% dos republicanos), enquanto que 41% aprova as suas políticas climáticas (67% dos democratas e 17% dos republicanos).
A amostra da Associated Press e do NORC Center for Public Affairs Research foi recolhida entre os dias 16 e 20 de março, com 1.081 eleitores.
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