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Prender Putin? Blinken insta países europeus a "cumprir a sua obrigação"

"Qualquer pessoa que faça parte do tribunal e tenha obrigações deve cumprir as suas obrigações", defendeu o responsável norte-americano.

Prender Putin? Blinken insta países europeus a "cumprir a sua obrigação"

O secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, instou, esta quarta-feira, os países europeus signatários do Tribunal Penal Internacional (TPI) a “cumprir a sua obrigação” e prender o presidente russo, Vladimir Putin, que é alvo de um mandado de detenção internacional.

As declarações de Blinken surgiram à margem de uma audiência no Senado, na qual o secretário de Estado norte-americano foi questionado sobre o mandado. 

“Há um mandado de captura de Putin pelo TPI por raptar crianças na Ucrânia e levá-las para a Rússia, verdade?”, perguntou a senadora Lindsey Graham.

"Há um mandado de captura de Putin pelo TPI por raptar crianças na Ucrânia e levá-las para a Rússia, é isso mesmo"? perguntou Graham. “Se Putin viesse para os Estados Unidos por qualquer razão, será que o entregaremos ao TPI?”, acrescentou.

Blinken hesitou em responder à questão porque “teria de olhar para as leis”. “Como sabem, não fazemos parte do TPI e, por isso, não quero envolver-me nessa hipótese”, justificou.

Já no caso dos países europeus que fazem parte do Estatuto de Roma, o responsável norte-americano afirmou que “qualquer pessoa que faça parte do tribunal e tenha obrigações deve cumprir as suas obrigações”.

Na sexta-feira passada, o TPI anunciou a decisão histórica de emitir mandados de captura contra Vladimir Putin e também a comissária russa para os direitos das crianças, Maria Alekseyevna Lvova-Belova.

Em causa estão acusações contra as forças e o governo russos, que terão raptado e deportado crianças ucranianas para território russo, ao longo da invasão da Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, já se pronunciou sobre o caso e garantiu que, caso Vladimir Putin, num cenário hipotético, venha a Portugal, o país irá "corresponder" às suas "responsabilidades" e deterá o presidente russo.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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