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Turquia trabalha para garantir extensão de 120 dias no acordo de cereais

A Turquia ainda espera que o acordo internacional sobre a exportação de cereais da Ucrânia, importante para atenuar a crise alimentar no mundo, possa ser prorrogado por 120 dias e está a desenvolver esforços para convencer Moscovo e Kyiv.

Turquia trabalha para garantir extensão de 120 dias no acordo de cereais
Notícias ao Minuto

22:51 - 17/03/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"O prazo está-se a aproximar. Estamos em contacto com a Ucrânia e a Rússia para estender o acordo com as condições iniciais", sublinhou o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.

Ancara faz parte deste acordo firmado em julho de 2022 pela Ucrânia e a Rússia, com o apoio da ONU.

A Iniciativa do Cereal do mar Negro, prolongada pela primeira vez em novembro de 2022, foi crucial para aliviar as tensões relacionadas com o aprovisionamento de vários tipos de cereais nos mercados interacionais, quando a Ucrânia se afirma como um produtor decisivo à escala mundial.

O texto estipula que a iniciativa deve ser "prorrogada automaticamente pelo mesmo período (de 120 dias) a menos que uma das partes comunique à outra a sua intenção de rescindi-la ou modificá-la".

Uma delegação russa liderada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Vershinin, reuniu-se na segunda-feira em Genebra com representantes das Nações Unidas para negociar a ampliação da iniciativa, mas no final das conversações apenas admitiu um prolongamento por 60 dias em vez dos 120 dias previstos.

O acordo sobre os cereais expira às 23:59 (20:59 em Lisboa) de 18 de março.

A Rússia alega que apesar de o acordo ter permitido desde agosto de 2022 uma exportação estável de cereais ucranianos, prosseguem as restrições para o país, a justificação para apenas admitir o seu prolongamento por dois meses enquanto não se obtém uma solução mais equilibrada.

Moscovo não está satisfeito com outro acordo - bilateral - assinado em julho passado com a ONU sobre as suas exportações de fertilizantes.

Em teoria, estes produtos essenciais para a agricultura mundial não se enquadram nas sanções impostas pelos países ocidentais desde o início da guerra, mas estão na prática bloqueados.

Já Kyiv expressou publicamente o seu descontentamento com a decisão de Moscovo, deixando o assunto nas mãos da Turquia e da ONU.

"Esperamos sinceramente que a iniciativa continue e que os navios continuem a chegar", sublinhou, por sua vez, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric.

A ONU também mantém discussões com os protagonistas "a todos os níveis", incluindo a mais alto nível, realçou hoje de manhã a porta-voz das Nações Unidas em Genebra, Alessandra Vellucci.

Desde segunda-feira que a ONU tem sublinhado que está a fazer o possível para salvar um mecanismo que ajudou a acalmar a subida dos preços, registada desde o início a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Mais de 29,1 milhões de toneladas de grãos deixaram os portos ucranianos desde julho.

Por outro lado, uma parte muito pequena das 260 mil toneladas de fertilizantes russos armazenadas em portos europeus foi libertada.

Leia Também: Prorrogação do acordo de cereais? "Discussões estão em curso", diz ONU

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