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Piloto do EUA e 2 sul-africanos saem da prisão, mas ficam em Moçambique

Um piloto norte-americano e dois voluntários sul-africanos receberam liberdade condicional depois de detidos, há mais de quatro meses, em Moçambique, quando iam entregar donativos a um orfanato de Cabo Delgado, anunciou a agência cristã de ajuda aérea MAF.

Piloto do EUA e 2 sul-africanos saem da prisão, mas ficam em Moçambique
Notícias ao Minuto

15:31 - 17/03/23 por Lusa

Mundo Prisão

"São obrigados a permanecer em Moçambique e o caso ainda está a decorrer", anunciou a Mission Aviation Fellowship, em comunicado, na quinta-feira.

"Agradecemos aos tribunais moçambicanos por esta decisão. Por respeito ao processo legal em Moçambique, a MAF não fará mais comentários neste momento", concluiu.

Já antes, a organização havia apelado "a quem está no poder, tanto em Moçambique como nos EUA, para fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para resolver esta detenção injusta".

A MAF presta apoio aéreo a missões cristãs e humanitárias em todo o mundo e há 23 anos que atua em Moçambique.

Koher foi detido em 04 de novembro no aeroporto de Inhambane ao tratar dos donativos de dois voluntários sul-africanos (W.J. du Plessis, 77, e Eric Dry, 69).

A ajuda ia ser carregada num avião destinada ao orfanato da Igreja Águas Vivas, no distrito de Balama, naquela província.

"Vitaminas, medicamentos de venda livre e conservantes alimentares despertaram o interesse da polícia", quando a carga passou pela inspeção de segurança, conduzindo à detenção, explicou a MAF.

A polícia nunca se pronunciou sobre o assunto, nem esclareceu que indícios foram encontrados.

Abílio Macuácua, advogado dos dois sul-africanos, referiu que os detidos "estão a pagar o preço da filantropia" e que a polícia alega "apoio ao terrorismo".

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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