Talibãs acusam EUA de querer prolongar ocupação do Afeganistão após 2014
Os talibãs qualificaram hoje de ocupação prolongada a manutenção de perto de 10.000 soldados norte-americanos no Afeganistão depois de 2014, como foi proposto na terça-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
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Mundo Soldados
Ao manterem aqueles soldados, os Estados Unidos "continuam a sua ocupação" do Afeganistão e violam "a soberania, a religião e os direitos humanos" do país, criticaram os rebeldes.
"Tendo em conta a experiência, dizemos aos americanos que se querem perder o seu tempo aqui, criar problemas no nosso país ... sofrerão as consequências ainda mais que os outros", indicaram os talibãs numa referência implícita à luta contra as tropas soviéticas nos anos 1980.
"Se os americanos querem verdadeiramente acabar com a guerra afegã, devem retirar todos os seus soldados do país... Nós continuaremos a 'jihad' (guerra santa) mesmo que apenas um soldado americano fique no Afeganistão", adiantaram.
O presidente Obama propôs na terça-feira manter 9.800 soldados no Afeganistão depois de 2014. Estes iriam deixando gradualmente o país até ao final de 2016, após o que 200 soldados ficariam na embaixada no âmbito da cooperação militar bilateral.
A aplicação deste calendário depende, no entanto, da assinatura pelo futuro presidente afegão do Tratado Bilateral de Segurança.
O presidente afegão, Hamid Karzai, em fim de mandato, recusou-se até agora a assinar o documento, mas os dois candidatos à sua sucessão, Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah, já se comprometeram a subscrevê-lo.
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