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UE e EUA devem "aumentar a sua própria presença na América Latina"

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Andrés Allamand, defendeu hoje que União Europeia (UE) e Estados Unidos estejam mais presentes na América Latina, onde a influência chinesa é atualmente acentuada, nomeadamente nas relações económicas e comerciais.

UE e EUA devem "aumentar a sua própria presença na América Latina"
Notícias ao Minuto

15:08 - 15/03/23 por Lusa

Mundo América Latina

"Não há dúvida de que a China tem uma grande presença na América Latina, nomeadamente no campo do comércio e, agora, fundamentalmente no campo das ideias", declarou.

"Assim, a Europa e os Estados Unidos não devem só constatar a presença chinesa, mas aumentar a sua própria presença na América Latina", sublinhou o Secretário-Geral Ibero-Americano.

Allamand fez estas declarações durante o "Fórum América - Rumo à Cimeira de Chefes de Estado e de Governo na República Dominicana", que aconteceu hoje em Madrid, evento organizado pela agência de notícias EuropaPress.

Para o ex-ministro da Defesa chileno, "a América Latina necessita mais da Europa. É preciso que a Europa se apresente politicamente, que se apresente comercialmente e na área dos investimentos, pois dará mais autonomia à região" latino-americana, evitando que esta tenha os seus negócios concentrados num só país.

"Os países da América Latina, de maneira geral, querem ter as melhores relações políticas com os grandes atores globais, com a China, com os Estados Unidos e com a União Europeia", referiu ainda.

"Tenho a impressão, cada vez mais, que a China segue no caminho de tornar-se um ator geopolítico de grande importância. Creio que, de alguma maneira, já está a fazer isso. Penso também que a Índia está a começar desempenhar um papel parecido", afirmou ainda Allamand.

O Secretário-Geral Ibero-Americano declarou que a XXVIII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que vai acontecer entre os dias 24 e 25 de março na República Dominicana, e a presidência temporária de Espanha da UE são oportunidades para a aproximação dos países latino-americanos com a Europa.

O chefe da diplomacia da EU, Josep Borrell estará presente também na cimeira ibero-americana na República Dominicana.

Segundo Allamand, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já declarou a sua determinação em relançar as relações entre a UE e a América Latina.

"Não é uma oportunidade abstrata, é uma oportunidade para fazer esta aproximação, pois a América Latina considera os parceiros europeus confiáveis", declarou.

A América Latina e a União Europeia poderiam, segundo o Secretário-Geral, criar uma agenda comum às duas regiões, como na questão do narcotráfico e do crime organizado.

"A União Europeia e a América Latina têm de se questionar se podem exercer uma maior influência no cenário global sozinhas ou em conjunto", indicou Andrés Allamand.

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