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Moscovo sobre colisão: "Se drone aparecesse perto de Nova Iorque...?"

O ex-vice-ministro da Defesa, Anatoly Antonov, pediu ainda que os norte-americanos interrompessem os "voos hostis", depois de um drone e uma aeronave russa terem colidido no Mar Negro.

Moscovo sobre colisão: "Se drone aparecesse perto de Nova Iorque...?"

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos (EUA) pediu, esta quarta-feira, que o governo norte-americano deixasse de realizar voos "hostis" junto ao seu país. O pedido surge na sequência da colisão entre um drone dos EUA e um avião de combate russo junto ao Mar Negro, na terça-feira.

"Estamos preocupados com a atividade inaceitável nos arredores das nossas fronteiras. Estamos todos conscientes da razão pela qual esses objetos de reconhecimento são utilizados", afirmou Anatoly Antonov citado pela agência de notícias Tass. "O que estão a fazer a quilómetros dos Estados Unidos? A resposta é óbvia: a recolher informações, que é consequentemente utilizada por Kyiv", acusou.

Apesar de não ter dúvidas sobre o propósito do uso de drones, o também ex-vice-ministro da Defesa da Rússia deixou ainda uma questão no ar. "Vamos fazer uma pergunta retórica. Se, por exemplo, um drone aparecesse junto a Nova Iorque ou a São Francisco, qual seria a reação da força aérea ou marinha norte-americana?", questionou, referindo-se às críticas que têm surgido após o objeto norte-americano ter sido destruído. Enquanto Moscovo considerou que se tratava de uma "provocação", os EUA garantiram que a aeronave seguia "bem longe de qualquer território ucraniano". 

Logo a seguir a deixar a questão no ar, Antonov respondeu: "Tenho a certeza de que as ações do exército norte-americano seriam intransigentes e não permitiriam uma "ruptura" dos seus espaços aéreo ou marítimo".

Durante a sua intervenção, o responsável pediu ainda a Washington para "interromper" os seus voos "hostis", sublinhando que estes deverão deixar de lançar especulações nos media. "Consideramos qualquer ação que envolva o uso de armamento norte-americano como hostil", rematou.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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