Número de mortos em naufrágio ao largo de Madagáscar subiu para 34

O número de mortos do naufrágio de uma embarcação com migrantes para a ilha francesa de Maiote, ao largo da costa de Madagáscar, subiu para 34, anunciaram hoje as autoridades marítimas malgaxes.

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Lusa
14/03/2023 21:19 ‧ 14/03/2023 por Lusa

Mundo

Madagáscar

A embarcação, que transportava cerca de 60 passageiros, afundou-se na noite de sábado ao largo da costa norte da ilha e um primeiro balanço do acidente, divulgado na segunda-feira, referiu a existência de 22 vítimas mortais.

Os corpos recuperados hoje pelas autoridades, incluindo os de três crianças, estão "em estado avançado de decomposição", disse Jean Edmond Randrianantenaina, diretor da Agência Portuária, Marítima e Fluvial (APMF), citado pela agência France-Presse.

As autoridades abriram uma investigação e uma sobrevivente, uma jovem mulher grávida, será testemunha-chave por ter sido uma das 24 pessoas resgatadas por pescadores na noite do naufrágio.

Os outros 23 sobreviventes fugiram antes da chegada das autoridades.

A jovem, que foi hospitalizada, já foi ouvida pelos investigadores.

Segundo fonte policial, a embarcação virou-se devido à sobrelotação, tendo sido emitidos mandados de detenção de dois malgaxes, um homem e uma mulher de 47 anos, acusados de serem os contrabandistas, procurados por "embarque ilegal e transporte clandestino, homicídio involuntário de passageiros para Maiote".

Os 'kwassa kwassa', pequenas embarcações de pesca motorizadas utilizadas por traficantes de pessoas, utilizam regularmente a rota marítima que liga as Comores, ou Madagáscar, a Maiote.

Muitos migrantes africanos e comorianos tentam todos os anos chegar a Maiote, metade da sua população é estrangeira.

A ilha comoriana de Anjouan fica apenas a 70 quilómetros de Maiote.

Desde 2019, o Estado francês reforçou consideravelmente os meios de luta contra esta imigração ilegal, incluindo a presença contínua no mar de embarcações intercetoras e vigilância aérea.

Durante uma visita a Maiote em dezembro, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, expressou o seu desejo de reforçar anda mais esse controlo.

Em 2021, 6.355 migrantes e 324 passadores foram detidos e 459 embarcações destruídas, segundo as autoridades francesas.

Não existem estatísticas fiáveis sobre as mortes causadas por estas travessias clandestinas de risco.

De acordo com um relatório de informação do Senado francês publicado no início dos anos 2000, cerca de 1.000 pessoas perdem anualmente a vida nesta travessia.

Leia Também: Migrantes. Bruxelas quer mais controlo nas fronteiras e acelerar retorno

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