Estes ativistas do Partido dos Povos Africanos - Costa do Marfim (PPA-CI), foram detidos em 24 de fevereiro quando manifestavam o seu apoio ao secretário-geral do partido, Damana Pickass, que era ouvido por um juiz de instrução em Abidjan, capital do país, pelo seu alegado papel no ataque a um quartel em 2021.
"As detenções destes ativistas são arbitrárias, são contrárias ao exercício dos seus direitos à liberdade de reunião pacífica, à liberdade de expressão e de circulação", afirma a Amnistia Internacional em comunicado, no qual "apela à sua libertação imediata e incondicional, bem como à anulação" da condenação.
A organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos pede ainda a libertação de outros quatro opositores detidos um dia após a prisão dos 26 condenados, por terem "levantado a bandeira russa durante um comício do PPA-CI, em Yopougon", bairro popular de Abidjan, segundo a organização.
Estes ativistas já estiveram "detidos na Casa de Detenção e Correção de Abidjan (MACA)", mas as acusações contra eles "não são conhecidas até o momento", segundo a ONG, que pede antecipadamente "o abandono das possíveis acusações" que lhes possam ser impostas.
Antes dessas prisões e condenações, o ambiente político na Costa do Marfim tinha melhorado nos anteriores dois anos.
Laurent Gbagbo e o seu ex-aliado Charles Blé Goudé regressaram ao país em 2021 e 2022, respetivamente, após serem absolvidos pela justiça internacional pela sua alegada participação em crimes cometidos durante a sangrenta crise pós-eleitoral de 2010-2011, que causou cerca de 3.000 mortes no país.
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