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EUA advertem para extremismo islâmico e mercenários russos no Sahel

A organização Al-Qaida e o grupo extremista Estado Islâmico continuam a expandir-se no Sahel, um "caos" fundamentalista islâmico que a empresa paramilitar russa Wagner está a explorar para criar mais instabilidade, advertiu hoje fonte militar norte-americana.

EUA advertem para extremismo islâmico e mercenários russos no Sahel
Notícias ao Minuto

18:50 - 13/03/23 por Lusa

Mundo Extremismo

uma combinação de ameaças que os nossos parceiros enfrentam" no continente, disse o contra-almirante Jamie Sands, chefe do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos da América para África (SOC-Africa, na sigla em inglês).

O oficial intervinha numa videoconferência de apresentação dos exercícios militares Flintlock, que os EUA estão a realizar no Gana e na Costa do Marfim desde o passado dia 01 e que termina na quarta-feira, no qual participam cerca de 1.300 militares de 30 países.

"A preocupação é que a Al-Qaida continue a crescer e a expandir-se no Sahel e a ameaçar a linha costeira dos países da África Ocidental, os nossos parceiros na região", salientou o chefe do SOC-Africa, que reporta ao Comando Militar dos EUA para África (Africom), ao delinear as ameaças que o exercício militar tem em conta.

"Estou preocupado com o que vemos como a expansão contínua de organizações extremistas violentas no Sahel" que "ameaçam a segurança e prosperidade daquela região", vincou.

O contra-almirante também manifestou preocupação com a "continuação da atividade" do extremista Estado Islâmico na região.

O grupo Estado Islâmico na província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês) "está a consolidar-se após ter deslocado (a sua cisão nigeriana) Boko Haram para as proximidades da bacia do lago Chade", acrescentou.

Esta situação "é agravada até certo ponto pela Wagner, uma organização ligada ao Kremlin", disse Sands, salientando que esta empresa de mercenários "torna os países menos estáveis e menos seguros".

"São uma organização predatória e oportunista contra uma África segura, estável e segura", disse o contra-almirante, acrescentando que a Wagner "manobra no espaço e caos causados por estas organizações extremistas violentas a norte".

Na opinião do oficial norte-americano, "a presença deste negócio oportunista que efetivamente coordena atividades com a Rússia é uma preocupação séria", pois "aproveita-se da falta de segurança (...) para angariar dinheiro" e "tem um impacto negativo nas sociedades".

O grupo mercenário esteve ou está ativo há vários anos em países africanos como a República Centro-Africana, Sudão, Moçambique e Líbia, e mais recentemente no Mali.

Em janeiro passado, o Departamento de Estado norte-americano alegou que a Wagner está a fazer "lucros ilícitos" em África que poderiam ser utilizados para financiar a guerra na Ucrânia.

Leia Também: Tráfico de combustíveis tem "efeito desastroso" na região do Sahel

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