Um juiz 'encerrou', esta semana, um caso que se passou nos subúrbios de Montreal, no Canadá, alegando que a queixa apresentada não era mais do que "trivialidades mundanas e mesquinhice de vizinha".
A situação remonta a maio de 2021, quando dois vizinhos, Michael Naccache e Neall Epstein, tiveram uma disputa quando se encontraram na rua, que levou à detenção deste último. Os dois já teriam tido conflitos anteriormente, e, segundo o queixoso, Naccache, Epstein chegou mesmo, uns meses antes, a agredir os seus pais.
Segundo explicou Naccache, de 34 anos, às autoridades, o seu vizinho, de 45 anos, ter-lhe-á mostrado os dois dedos do meio, mas não terá ficado por aqui.
"Para ser claro, não é crime mostrar o dedo a alguém", referiu o responsável pelo caso na decisão, datada a 24 de fevereiro.
Apesar de considerar que o gesto "pode não ser educado", o juiz considerou que não gerava "responsabilidade criminal" e que fazer este gesto é "um direito concedido por Deus e consagrado na carta que pertence a todos os canadianos de sangue vermelho".
"Nacchace alegou que Epstein também fez um gesto de degolação e disse que tinha medo que Epstein o tentasse matar - alegações que o juiz não aceitou", lê-se na decisão tornada pública.
Ainda segundo o mesmo documento, o responsável concluiu que o queixoso estaria a segurar uma ferramenta elétrica "de uma forma ameaçadora" enquanto insultava o homem que, mais tarde, seria detido.
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