O OSDH, organização com sede no Reino Unido e que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, não identificou, para já, os autores do ataque.
"Sete pessoas morreram e 15 outras ficaram feridas num ataque com um 'drone' que visou uma fábrica de armamento" associada a grupos pró-iranianos em Deir Ezzor, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Segundo precisou o representante, três afegãos, membros de um grupo pró-iraniano, e quatro sírios, três deles civis, foram mortos no ataque.
A imprensa estatal não mencionou o ataque com o 'drone', mas a agência oficial de notícias síria Sana noticiou que "três cidadãos foram mortos e outros sete ficaram feridos na explosão de uma mina antipessoal", colocada pelo grupo Estado Islâmico (EI) quando o movimento 'jihadista' ainda controlava a cidade de Deir Ezzor.
A Sana divulgou imagens de um prédio e de um camião bastante danificados.
O OSDH indicou que o ataque teve como alvo uma área da cidade, sob controlo do Governo sírio, que abriga residências de líderes da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irão, e de membros do movimento xiita libanês Hezbollah, que lutam ao lado do regime sírio.
A região de Deir Ezzor, onde grupos pró-iranianos ou aliados de Teerão estão fortemente estabelecidos, é um importante ponto de passagem para combatentes, mercadorias e armas provenientes do vizinho Iraque.
Em janeiro passado, 11 pessoas foram mortas nesta região durante uma série de ataques aéreos contra milícias pró-iranianas. Dois desses ataques tiveram como alvo um comboio que transportava armas, segundo o OSDH.
No passado, Israel e a coligação internacional antijihadista atacaram milícias pró-iranianas nesta região.
Israel raramente reivindica os ataques que perpetra na Síria, mas defende que pretende impedir que o Irão se instale militarmente na sua região fronteiriça.
Nos últimos anos, Israel realizou centenas de ataques aéreos na Síria.
A última, imputada por Damasco a Israel, ocorreu na terça-feira, quando foi efetuada uma incursão ao aeroporto de Alepo (norte).
O OSDH relatou então três mortes, incluindo de um oficial sírio.
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