"Quem beneficiou com o contratempo?", questiona Ucrânia sobre gasodutos
Em causa estão informações que dão conta de que um "grupo pró-ucraniano" é responsável pela sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2.
© Getty Images
Mundo Mykhailo Podolyak
O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak voltou, esta quarta-feira, a comentar as informações que dão conta de que um “grupo pró-ucraniano” é responsável pela sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico, ocorrida em setembro de 2022.
Em causa está uma notícia avançada, na terça-feira, pelo jornal norte-americano New York Times. Segundo a publicação, com base em informações dos serviços secretos, acredita-se que “um grupo pró-ucraniano” esteja por trás da sabotagem. No entanto, não foram avançados quaisquer pormenores.
Depois de ontem ter frisado que a “Ucrânia nada tem a ver com o acidente no mar Báltico e não tem informações sobre ‘grupos pró-ucranianos de sabotagem’”, o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky lembrou que o “ataque” ocorreu numa altura em que Rússia “tentava ‘congelar a Europa’” e, por isso, seria a única a “beneficiar com o contratempo”.
“Sobre motivos e expectativas. Os percalços de setembro no Nord Stream 2 ocorreram no meio de tentativas da Rússia em ‘congelar a Europa’ e assustá-la na véspera do inverno. Antes, a Rússia tentou bloquear o Nord Stream 2 com avarias que alegadamente não conseguiria reparar durante meses. Então, quem beneficiou com o contratempo?”, destacou na rede social Twitter.
About motives & expectations. The September mishaps on NS2 occurred amid RF's attempts to "freeze Europe" & scare it on the eve of winter. Prior to that, RF attempted to block the NS2 with breakdowns that it allegedly couldn't fix for months. So who benefited from the mishap?
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 8, 2023
Podolyak referia-se às avarias nos gasodutos anunciadas durante o mês de setembro pelo grupo russo Gazprom. O gasoduto esteve parado para a reparação de uma turbina, após a Gazprom ter indicado “fugas de óleo” durante uma operação de manutenção.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate.
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