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Ativistas LGBTQ em protesto na Sérvia contra ataques a homossexuais

Ativistas LGBTQ (lésbicas, 'gays', bissexuais, transgénero e 'queer') da Sérvia concentraram-se esta sexta-feira para exigir uma ação do Estado, após uma onda de violência contra homossexuais, incluindo um esfaqueamento que feriu um jovem.

Ativistas LGBTQ em protesto na Sérvia contra ataques a homossexuais
Notícias ao Minuto

00:01 - 04/03/23 por Lusa

Mundo Sérvia

A reunião, apelidada "Ódio mata!", decorreu no parque no centro de Belgrado, o local do ataque que já resultou na detenção de dois suspeitos pela polícia.

Mais três homens 'gays' foram atacados no final de fevereiro, incluindo um deles com uma garrafa, adiantaram os ativistas, citados pela agência Associated Press (AP).

"Não vamos mais tolerar estes ataques que se tornaram frequentes", frisou o ativista Aleksandar Savic.

Os participantes seguraram bandeiras e faixas arco-íris, enquanto instavam as autoridades a agir de forma decisiva, para conter a violência contra a comunidade LGBTQ e promover a tolerância.

A Sérvia é uma nação fortemente conservadora, onde extremistas de direita ganharam força nos últimos anos sob um governo populista.

As autoridades prometeram aumentar os direitos LGBTQ, enquanto a Sérvia procura a adesão à União Europeia, mas o assédio e a violência contra as pessoas LGBTQ continuam a ser frequentes.

O encontro desta sexta-feira foi realizado sob forte proteção das equipas policiais de intervenção, sendo que nenhum incidente foi relatado.

A ativista Ana Petrovic elogiou as detenções de suspeitos de ataques, mas lembrou que estas deveriam ser seguidas por um procedimento legal eficiente.

"Estamos a pedir às instituições que comecem a fazer o seu trabalho. As detenções devem ser apenas um começo", sublinhou Petrovic.

Grupos de direitos humanos relataram um total de 68 ataques contra homossexuais desde agosto.

No ano passado, as autoridades proibiram uma marcha EuroPride, um evento pan-europeu de celebração do orgulho gay, devido a ameaças de extremistas.

A iniciativa decorreu posteriormente após críticas internacionais, mas num percurso limitado e perante confrontos entre polícias e militantes de extrema-direita.

Leia Também: Sérvia alega não ter enviado armas, nem à Rússia, nem à Ucrânia

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