O conselheiro de segurança nacional, Hussein Sheikh Ali, indicou em declarações à emissora norte-americana Voice of America que estas tropas se juntarão às já presentes no âmbito da Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS), mas sem fazer parte dessa estrutura.
"O que está previsto é chegarem à Somália nas próximas oito semanas", adiantou a mesma fonte, acrescentando que "o seu papel é planear e realizar operações conjuntas sob o comando das forças de segurança somalis".
Os líderes destes três países participaram em 01 de fevereiro numa cimeira em Mogadíscio liderada pelo Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, em que chegaram a acordo para lançar uma campanha "robusta" destinada a "destruir" o Al-Shebab, grupo ligado aos extremistas islâmicos da Al-Qaida.
Na quinta-feira, pelo menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas num ataque com morteiros à capital, Mogadíscio. Mais tarde, o Al-Shebab reivindicou a autoria do ataque, dizendo que tinha como alvo uma esquadra da polícia somali.
O Exército somali combate o movimento Al-Shebab, que controla várias áreas do país, com o apoio das forças da Missão de Transição da União Africana na Somália, que por sua vez é apoiada pela comunidade internacional.
Nos últimos meses intensificou as ofensivas com o apoio de clãs e milícias locais, como parte de uma série de decisões tomadas pelo Presidente, que prometeu ao assumir o cargo colocar o ataque ao terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país africano.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra fundamentalistas islâmicos.
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