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Ativista e Nobel da Paz 2022 bielorrusso condenado a 10 anos de prisão

Além do período que deverá permanecer atrás das grades, na sequência de protestos, em 2020, que lhe valeram a sua detenção o fundador da organização 'Viasna' terá também de pagar 185 mil rublos bielorrussos (cerca de 68 mil euros) ao Estado.

Ativista e Nobel da Paz 2022 bielorrusso condenado a 10 anos de prisão
Notícias ao Minuto

10:30 - 03/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Bielorrússia

O ativista pelos direitos humanos e vencedor do Nobel da Paz de 2022, Ales Bialiatski, foi condenado a 10 anos de prisão, esta sexta-feira, que cumprirá numa instituição de alta segurança, segundo o veredito proferido no Tribunal Distrital de Leninsky, em Minsk, na Bielorrússia.

Além do período que deverá permanecer atrás das grades, na sequência de protestos, em 2020, que lhe valeram a detenção, em julho de 2021, o fundador da organização 'Viasna' terá também de pagar 185 mil rublos bielorrussos (cerca de 68 mil euros) ao Estado, diz a agência TASS.

Os seus associados, Valentin Stefanovich e Vladimir Labkovich, que foram detidos na mesma altura que o ativista, de 60 anos, foram condenados a nove e sete anos de prisão, respetivamente, devendo ainda pagar 111 mil rublos bielorussos (cerca de 41 mil euros).

Durante o julgamento, que se iniciou a 5 de janeiro de 2023, os responsável declararam-se inocentes das acusações de terem recebido dinheiro por parte de diversas organizações, que terá sido gradualmente transferido para contas fora da União Económica Eurasiática (UEE), sem autorização.

Foram ainda acusados de terem treinado pessoas para participar em ações de protesto contra a ordem pública "sob o pretexto dos direitos humanos e atividades de caridade".

Recorde-se que Ales Bialiatski foi um dos fundadores do movimento democrático que surgiu na Bielorrússia em meados da década de 80, tendo dedicado "a vida a promover a democracia e o desenvolvimento pacífico no seu país de origem".

"Entre outras coisas, fundou a organização 'Viasna' ('Primavera'), em 1996, em resposta às polémicas emendas constitucionais que deram ao presidente poderes ditatoriais e que desencadearam manifestações generalizadas", disse o Comité Nobel Norueguês, na altura da sua distinção.

Leia Também: Justiça bielorrussa pede 12 anos de prisão para Prémio Nobel da Paz

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