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Na Conferência sobre Desarmamento, Kyiv rejeita paz "a qualquer preço"

A delegação da Ucrânia presente na Conferência da ONU sobre Desarmamento assegurou hoje que o país continuará a lutar contra "a agressão genocida russa" porque "não tem outra alternativa", frisando ainda que "não aceitará a paz a qualquer preço".

Na Conferência sobre Desarmamento, Kyiv rejeita paz "a qualquer preço"
Notícias ao Minuto

20:12 - 02/03/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Não aceitaremos algo que mantenha os nossos territórios ocupados e o nosso povo à mercê do agressor", assegurou a embaixadora ucraniana na ONU em Genebra, Eugenia Filipenko, no decurso da Conferência sobre Desarmamento que decorre esta semana na cidade suíça e que hoje também contou com a intervenção do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov.

As declarações de Filipenko surgem num momento em que diversos países, com destaque para a China, avançaram com propostas para pôr termo ao conflito.

"A Rússia deve ser detida, porque já vimos que caso não o façamos haverá novas agressões em outros locais", assegurou a diplomata ucraniana, ao insistir que o Ocidente deve contribuir militarmente para a defesa territorial da Ucrânia.

"Não perguntem quando acabará a guerra, mas antes como ajudar a Ucrânia para que a vença rapidamente, enviando artilharia, munições, tanques, mísseis de longo alcance ou caças", sublinhou a embaixadora, ao reiterar que Moscovo cometeu crimes de guerra e terrorismo contra civis ucranianos.

A representante ucraniana também assegurou que a agressão militar russa provocou um grave desequilíbrio no sistema de segurança global "comprometendo a eficácia e a confiança nos sistemas de não-proliferação de armas de destruição massiva".

Previamente, e na sua intervenção, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que os ataques de 'drones' (aeronaves não tripuladas) que a Ucrânia terá efetuado no início de dezembro contra bases militares na Rússia não poderiam ser executados sem a ajuda dos Estados Unidos.

Riabkov, que se deslocou a Genebra para se dirigir ao Conselho dos Direitos Humanos e à Conferência sobre Desarmamento, declarou que Washington forneceu diversas informações sobre os alvos a atingir.

"Há algum tempo, Kiev lançou ataques de 'drones' contra bases dos nossos aviões de longo alcance na região de Saratov e igualmente na região de Riazan", declarou, numa conferência de imprensa.

No início de dezembro, o Ministério da Defesa russo declarou que os ataques de 'drones' ucranianos provocaram explosões em dois aeródromos, incluindo na cidade russa de Engels, provocando três mortos.

"Sabemos que estes ataques nunca seriam possíveis sem uma assistência muito aprofundada e sofisticada dos Estados Unidos ao exército ucraniano, incluindo os alvos, e ainda o fornecimento de informações e igualmente uma assistência técnica", afirmou.

A base aérea de Engels, na região de Saratov (sul) e situada a mais de 600 quilómetros da fronteira com a Ucrânia acolhe bombardeiros estratégicos da Rússia.

Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento e a Ucrânia nunca reconheceu ter efetuado os ataques.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Em diversas ocasiões, as informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser confirmadas de forma independente.

Leia Também: Rússia anuncia querer voltar ao Conselho de Direitos Humanos

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