A Organização das Nações Unidas (ONU) apelou esta quarta-feira a que os negociadores alcancem um acordo "robusto e ambicioso" para a proteção do alto-mar.
"O nosso oceano está sob pressão há décadas. Não podemos mais ignorar a emergência oceânica", afirmou o conselheiro jurídico das Nações Unidas, o português Miguel de Serpa Soares, em representação do secretário-geral, António Guterres, que se encontra numa visita ao Iraque.
“Os impactos das mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição são fortemente sentidos no mundo inteiro, afetando o nosso meio ambiente, os nossos meios de subsistência e as nossas vidas”, acrescentou Serpa Soares.
A ONU argumenta que “ao adotar um acordo robusto e ambicioso nesta reunião" os negociadores poderão "dar um passo importante para combater essas tendências destrutivas e promover a saúde dos oceanos para as próximas gerações”.
O alto-mar é o termo dado para a área delimitada pelas fronteiras das zonas económicas exclusivas dos países, que se estendem até 200 milhas náuticas (370 quilómetros) da costa. São, assim, ocupando 60% dos oceanos e praticamente metade da área do planeta, águas que não estão sob a jurisdição de nenhum país.
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