Um número recorde de golfinhos mortos surgiu nas praias atlânticas de França no mês passado. Os ativistas do ambiente acreditam tratar-se, no entanto, de apenas uma fração dos golfinhos feridos e mortos por barcos de pesca.
Cientistas do observatório de pássaros e mamíferos marinhos Pelagis, ligado à Universidade de La Rochelle e citados pelo jornal britânico The Guardian, registaram 370 golfinhos mortos encontrados ao longo do Golfo da Gasconha entre 1 de dezembro de 2022 e 25 de janeiro deste ano.
“Sem dúvida, o emaranhamento em redes de pesca continua a ser a principal causa de morte observada em golfinhos comuns encontrados em praias encalhadas no inverno, desde a década de 1990. Esta situação é preocupante e não é específica da França, pois afeta os países vizinhos”, relatou o Pelagis.
O tema não é, no entanto, novidade. Recentemente, o grupo de conservação marinha Sea Shepherd France publicou fotos em que era possível ver o corpo de um golfinho mutilado com uma mensagem homofóbica, que surgiu numa praia francesa em Sables d'Olonne.
“Esta é a pior face da pesca: sem respeito pelos vivos, sem amor ao mar que os sustenta. Aqueles que mutilaram atrozmente este golfinho nunca deveriam ser autorizados a pescar novamente”, disse a Sea Shepherd France.
No ano passado, contabilizaram-se 669 golfinhos mortos nas praias francesas, principalmente entre meados de dezembro e princípios de abril, época de pesca da pescada e do robalo.
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