Num comunicado hoje divulgado, a Procuradoria (EPPO, na sigla em inglês) indica que a investigação - por si conduzida e levada a cabo pelas autoridades policiais de Brescia, Itália -, diz respeito a uma "suspeita de fraude lesiva do orçamento da União Europeia (UE), relativamente à remuneração de quatro assistentes parlamentares contratados em Itália".
De acordo com as provas recolhidas, especifica a EPPO, "os quatro membros do pessoal não desempenharam as atividades relacionadas com a função para a qual foram contratados, ou apenas as desempenharam parcialmente, documentando falsamente as suas atividades ao Parlamento Europeu", tendo, além disso, "deturpado as suas qualificações, declarando competências educativas e profissionais que não possuíam".
A Procuradoria diz acreditar que a eurodeputada italiana "está estreitamente relacionada com pelo menos uma das pessoas contratadas", tendo também beneficiado dos "montantes pagos pelo Parlamento Europeu pelas atividades de trabalho que o pessoal deveria ter realizado", num prejuízo para o orçamento comunitário estimado em precisamente 172.148,82 euros.
A EPPO, um organismo independente da UE que iniciou as suas atividades em junho de 2021 e é responsável por investigar, instaurar ações penais e levar a julgamento os autores de infrações lesivas dos interesses financeiros da UE, revela que a execução da ordem de apreensão foi concluída pela polícia financeira italiana (designada como 'Guardia di Finanza') na passada quinta-feira, 23 de fevereiro, tendo abrangido contas bancárias e carros de luxo.
Leia Também: TikTok. Suspensão da Comissão Europeia é "vai muito além" das regras