'Marché au Minho' ('Mercado no Minho') faz parte de uma série de grandes óleos produzidos pela artista francesa de origem russa durante o exílio em Portugal, em Vila do Conde, de junho de 1915 a janeiro de 1917, com o marido, Robert Delaunay, também pintor.
A estadia em Portugal foi forçada devido à Primeira Guerra Mundial, mas o casal ficou fascinado pela região minhota e a obra da época foi bastante influenciada pela cultura popular, as cores dos lenços minhotos e a luz natural de Portugal.
O exemplar em leilão pela Christie's com uma estimativa de entre 700 mil e um milhão de libras (795 mil e 1,13 milhões de euros) é uma obra em óleo e papel que fez parte da coleção do galerista Jorge de Brito e até há pouco tempo pertencia a um colecionador norte-americano.
Duas telas da mesma série produzida por Sonia Delaunay (1885-1979) no Minho estão no Centro Pompidou e no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
Em 2002, um quadro também intitulado 'Mercado do Minho' foi arrematado num leilão em Paris pela soma recorde de 4.596.340 euros, dez vezes a base de licitação, um recorde mundial para uma obra desta artista, indicou a leiloeira Drouot naquela altura.
O quadro de Delaunay vai a leilão na sexta-feira, no âmbito de uma venda de obras em papel de arte moderna e impressionista, juntamente com trabalhos de artistas como Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley, Gustav Klimt, Pablo Picasso, Henri Matisse ou Joan Miro´.
Antes, na quarta-feira, também Christie's, vão a leilão obras de are contemporânea e do pós-guerra de David Hockney, Yoshitomo Nara, Marlene Dumas, Flora Yukhnovich, George Rouy, Nicole Wittenberg, Guy Yanai, Caroline Walker, Scott Kahn e Ewa Juszkiewicz.
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