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China considera ataque "ato terrorista contra a civilização"

A China considerou o ataque de hoje num mercado do Xinjiang, noroeste do país, "um ato terrorista anti-civilização" que "deve ser condenado pela comunidade internacional" e assegurou que "os terroristas nunca alcançarão os seus propósitos".

China considera ataque "ato terrorista contra a civilização"
Notícias ao Minuto

11:33 - 22/05/14 por Lusa

Mundo Xinjiang

O ataque, com explosivos, matou 31 pessoas e feriu 94 num mercado ar livre de Urumqi, capital do Xinjiang, uma região autónoma da China, de maioria muçulmana, que nos últimos anos tem sido palco de frequentes atos de violência atribuídos pelas autoridades a "separatistas ligados à Al-Qaeda" e a "extremistas religiosos".

"A violência, mais uma indicação da natureza anti-humana, anti-sociedade e anti-civilização dos terroristas, deve ser condenada pelo povo chinês e a comunidade internacional", disse Hong Lei, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Urumqi fica a mais de 2.000 quilómetros de Pequim. O ataque de hoje - o segundo registado na capital do Xinjiang em menos de um mês - ocorreu cerca das 08:00 (01:00 em Lisboa).

Testemunhas citadas pela Xinhua dizem ter visto dois veículos colidirem deliberadamente com as pessoas que se encontravam no mercado e, antes de os veículos explodirem, os seus ocupantes lançaram explosivos.

Muitos dos feridos eram idosos que costumavam ir ao mercado de manhã cedo, disseram as testemunhas. "O Governo chinês tem a confiança e a capacidade para reprimir os audaciosos terroristas, que nunca alcançarão os seus propósitos", disse o porta-voz do MNE chinês.

No dia 30 de abril passado, um ataque com facas na estação ferroviária de Urumqi causou um morto e 79 feridos. Dois dos atacantes foram abatidos no local. Um ataque idêntico, atribuído também a "extremistas religiosos" do Xinjiang, mas efetuado noutra província, matou 29 pessoas e feriu 79 em março passado.

O Xinjiang é um território cerca de 17 vezes maior que Portugal e com apenas 23,5 milhões de habitantes, muito rico em recursos minerais, que confina com o Afeganistão, Paquistão e várias ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.

Os uigures, povo de religião muçulmana e cultura turcófona, constituem cerca de 45% da população, mas o número de han, a maior etnia da China, tem aumentado muito ao longo do último meio século, suscitando ressentimentos.

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