Baneira, que pertencia a uma organização não-governamental de direitos humanos, foi detida no princípio de novembro de 2022 por alegadamente ter participado nos protestos provocados pela morte, em setembro, quando estava detida pela polícia, de Mahsa Amini, a jovem curda de 22 anos.
Governo espanhol, PSOE e a família da ativista manifestaram já a sua satisfação pela libertação.
O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, confirmou a viagem da ativista de Teerão para o Dubai e depois para Genebra, na Suíça, de onde rumará à Corunha para encontrar-se de manhã com a família e amigos.
A ativista falou com Albares, a quem garantiu estar em bom estado e manifestou a sua alegria por regressar a casa e agradeceu os esforços feitos pelo Governo para a sua libertação.
Desde que foi libertada, a jovem esteve sempre acompanhada pelo embaixador espanhol em Teerão, Ángel Losada, assegurou Albares.
O governante manifestou a sua satisfação pela libertação da jovem galega, ocorrida no sábado, e que não foi tornada pública até o "avião ter descolado de Teerão", sublinhando que o "importante foi a sua libertação".
Durante os últimos três meses, o ministrou conversou várias vezes por telefone com o seu homólogo iraniano a quem solicitou a libertação imediata de Baneira "porque as acusações feitas eram completamente infundadas".
Também a porta-voz do PSOE e ministra da Educação, Pilar Alegría, expressou a sua "satisfação" pela libertação de Baneira numa conferência de imprensa na sede do partido em Ferraz, durante a qual dedicou as primeiras palavras à ativista.
A família da jovem galega explicou em comunicado que a "Ana está desde ontem [sábado] à tarde a caminho de casa".
"Queremos começar por agradecer à comunicação social o respeito com que nas últimas semanas de espera tratou este assunto", assinalou a família, que pediu "espaço e privacidade" no momento da chegada da jovem.
O ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou que continuam as conversações para a libertação de outro cidadão espanhol preso em Teerão, Santiago Sánchez Cogedor, detido em outubro em Saqqez, depois de visitar e fotografar o túmulo de Amini, cuja morte gerou uma onda de protestos no país e em quase todo o mundo.
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