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Ex-comandante do Grupo Wagner detido na Noruega após rixa em bar

O ex-militar escapou da Rússia a 13 de janeiro, conseguindo atravessar a fronteira dos dois países na região do Ártico. 

Ex-comandante do Grupo Wagner detido na Noruega após rixa em bar
Notícias ao Minuto

17:13 - 25/02/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

O ex-comandante mercenário do Grupo Wagner Andrei Medvedev, que fugiu para a Noruega, foi detido, na quarta-feira, por uma rixa junto a um bar no centro de Oslo.

Segundo o jornal Novaya Gazeta Europe, Medvedev resistiu à detenção e "pontapeou um ou mais oficiais".

O ex-militar escapou da Rússia a 13 de janeiro, conseguindo atravessar a fronteira dos dois países na região do Ártico. 

Recentemente, numa entrevista à agência Reuters, Medvedev procurou desculpar-se mais uma vez por ter feito parte da milícia armada russa, que tem combatido na Ucrânia e que é acusada de cometer atrocidades, tanto na guerra no leste europeu, como em países como o Mali e a República Centro Africana.

“Muitos consideram-me um bandido, um criminoso, um assassino. Antes demais, queria desculpar-me novamente e repetidamente. Apesar de não saber como é que isto vai ser recebido, quero pedir desculpas", disse Medvedev.

O antigo comandante russo garante que "não é aquela pessoa" que combateu na guerra na Ucrânia, admitindo que se juntou ao grupo e que "há momentos da [sua] história que as pessoas não vão gostar, mas ninguém nasce inteligente".

Andrei Medvedev tem vindo a admitir, em entrevistas realizadas após a sua fuga para a Noruega, a falta de coordenação e a grande brutalidade sistémica que tem sido implementada nas forças armadas russas e no Grupo Wagner, descrevendo ordens contraditórias pelas hierarquias mais altas e opressão violenta de pessoas que pedissem para abandonar a guerra (algumas terão sido mesmo executadas).

No entanto, o ex-comandante não confirmou a prática de crimes de guerra e de atrocidades contra civis, dizendo repetidamente que não fazia parte desses grupos.

Ainda assim, Medvedev afirmou que é "assustador perceber que há pessoas que se consideram nossos compatriotas, e que viriam matar-nos num instante ou sob as ordens de alguém".

“Eu decidi manifestar-me publicamente contra isto para garantir que os responsáveis são punidos em certos casos e tentarei dar a minha contribuição, por mais pequena que seja", prometeu.

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, um dos mais próximos aliados do presidente da Rússia, Vladimir Putin, (e um responsável cuja influência tem sido muito criticada por entidades ocidentais), desvalorizou os testemunhos de Medvedev, considerando-o "muito perigoso" e contando que este maltratava prisioneiros quando trabalhava para a sua milícia.

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