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George Santos apoia medida sobre "arma nacional dos EUA" em nova polémica

O congressista do estado de Nova Iorque tem sido muito criticado por mentir sobre o seu currículo, o seu passado e as políticas defendidas, após a sua eleição para a Câmara dos Representantes.

George Santos apoia medida sobre "arma nacional dos EUA" em nova polémica

O congressista nova-iorquino George Santos continua a surpreender até os seus críticos mais veementes. Na quinta-feira, o republicano, cercado por democratas e até por colegas conservadores devido às suas mentiras pós-eleitorais, decidiu apoiar uma medida proposta pela extrema-direita, que visa declarar a AR-15 como a "arma nacional dos Estados Unidos".

A AR-15, uma metralhadora semiautomática e é uma das armas mais vendidas no país, sendo também a que é mais usada em tiroteios em massa, especialmente em escolas.

A governadora do estado de Nova Iorque, Kathy Hochul, disse à CBS News que a posição do deputado conservador é "nojenta".

"Estas armas de guerra foram usadas em tiroteios horrendos por todo o país. Esta medida nunca poderá passar a lei e, se ele tiver algum respeito pelos nova iorquinos, o representante Santos deve remover o seu nome da proposta imediatamente", afirmou a governadora democrata.

A AR-15 foi usada nomeadamente nos tiroteios na escola de Sandy Hook (onde morreram 20 crianças), na discoteca Pulse (onde morreram 49 mortos), num clube LGBTQ+ em Colorado (um ataque homofóbico que matou cinco pessoas), entre centenas de outros tiroteios.

A medida foi avançada por alguns dos congressistas mais extremistas da Câmara dos Representantes, nomeadamente por Lauren Boebert, que foi eleita para o Congresso depois de gerir um restaurante temático sobre armas de fogo e que tem ficado conhecida por ataques xenófobos, homofóbicos e racistas.

Santos passou rapidamente de congressista desconhecido e recentemente eleito, para caso de notoriedade internacional. O republicano, que em campanha promoveu um currículo imaculado e com uma passagem por empresas como a Goldman Sachs, mentiu sobre os locais por onde passou e no seu diploma.

Também se soube que o deputado fez declarações dúbias sobre a sua alegada ascendência judaica, descreveu a morte da mãe em várias ocasiões com teor sociopolítico (nomeadamente no 11 de setembro), usou vários pseudónimos para diferentes casos e criou uma campanha de angariação de fundos para tratar um cão, que nunca chegou a entregar os fundos para o tratamento do animal (que acabou por morrer).

O financiamento da sua campanha para a Câmara dos Representantes continua a ser investigado pelas autoridades, já que Santos, para evitar declarar uma série de contribuições anónimas, terá recebido vários donativos um cêntimo abaixo do limite a partir do qual estes têm de ser declarados ao Fisco.

Apesar de todas estas mentiras serem descobertas após Santos vencer a sua eleição, o deputado recusou afastar-se da tomada de posse e entrou na Câmara dos Representantes no início de janeiro. Os próprios colegas do Partido Republicano de Nova Iorque têm pedido a sua demissão, considerando que George Santos desrespeitou e humilhou os conservadores.

Leia Também: FBI investiga angariação de dinheiro de George Santos para tratar cão

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