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Número de britânicos dispostos a receber refugiados ucranianos diminuiu

O número de britânicos que se oferecem para acolher refugiados ucranianos diminuiu consideravelmente desde o ano passado, mas muitos deslocados conseguiram emprego e alojamento próprio, revelaram hoje dirigentes da comunidade ucraniana em Londres.

Número de britânicos dispostos a receber refugiados ucranianos diminuiu

© Getty Images

Lusa
23/02/2023 17:39 ‧ há 2 anos por Lusa

"Não sumiu completamente, mas diria que tem diminuído visivelmente desde a primavera passada", afirmou Petro Rewko, presidente da Associação de Ucranianos no Reino Unido, durante uma conferência de imprensa hoje realizada na Catedral Católica Ucraniana, ao referir-se à disponibilidade dos britânicos para acolher refugiados ucranianos.

No início da guerra, relatou o representante, "a população parecia estar bastante entusiasmada em acolher os ucranianos nas suas casas", mas a boa vontade definhou "porque a guerra é muito longa".

Esta conferência ocorreu na véspera do primeiro aniversário da invasão russa do território ucraniano, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

De acordo com o Ministério do Interior britânico, até 21 de fevereiro, o Reino Unido recebeu 163.500 refugiados desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a maioria dos quais, 115.800, foram recebidos por benfeitores desconhecidos.

Criado pelo Governo britânico, o programa "Homes for Ukraine" (Casas para a Ucrânia, na tradução em português) paga aos "patrocinadores" mensalmente 350 libras (400 euros, no câmbio atual) para acolher refugiados durante pelo menos seis meses.

O valor sobe para 500 libras (570 euros) se continuarem para além de 12 meses. 

Após um sucesso inicial de adesão, este programa encontrou problemas, com ucranianos a queixarem-se de espaços impróprios e de anfitriões duvidosos. 

Noutros casos, desentendimentos ou a mudança de circunstâncias levaram ao despejo, causando situações de dificuldade e até de sem abrigo.

Neste caso, têm de ser alojados temporariamente em hotéis ou habitação social, além de serem elegíveis para o subsídio de subsistência do Estado britânico.

Petro Rewko adiantou que alguns refugiados regressaram à Ucrânia para estar perto da família, mas nem todos podem voltar porque as casas estão em zonas inseguras.

Estimou ainda que "mais de 60%" dos refugiados que chegaram nos últimos 12 meses conseguiram emprego e um rendimento que lhes permitiu arrendar uma casa, deixando de ser "um encargo para o Estado".

Andriy Marchenko, diretor do Centro de Acolhimento Ucraniano em Londres, lamentou que alguns senhorios rejeitem refugiados, mas sublinhou que não foram registados casos significativos de xenofobia contra ucranianos.

Os dirigentes falavam na véspera de uma série de eventos organizados para marcar o primeiro aniversário da invasão militar russa da Ucrânia.

Na sexta-feira de manhã terá lugar na Catedral uma cerimónia ecuménica e interreligiosa, que terá a presença de políticos, incluindo o presidente da Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan.

À tarde, a comunidade ucraniana vai organizar uma manifestação em frente à embaixada russa em Londres. 

Leia Também: Invasão russa? "Precisamos de garantir que a agressão fracasse"

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