Grupo marroquino constitui-se como vítima de rede de suborno no PE
Um grupo de ativistas marroquinos anunciou que se constituiu como parte civil na investigação judicial em curso sobre a alegada rede de suborno no Parlamento Europeu (PE).
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Os ativistas informaram, em comunicado, que se realizou na segunda-feira uma reunião na sede da Associação Marroquina dos Direitos Humanos (AMDH) em Rabat, na qual foi anunciada a criação de um grupo formado por "familiares dos detidos de forma abusiva e cidadãos prejudicados pela rede de suborno no Parlamento Europeu".
Segundo a mesma fonte, o grupo inclui o militante e historiador Maati Monjib (acusado de fraude e branqueamento de dinheiro), o ativista e economista Fuad Abdelmumni (que afirma estar sob videovigilância), e Khouloud Raisuni, esposa do jornalista Suleiman Raisuni, condenado a cinco anos de prisão, por agressão sexual.
Os membros do grupo incluem também o ativista Abdelatif Hmamouchi, o jornalista Omar Brouks e Ali Reda Ziane, filho do antigo ministro e figura da oposição Mohamed Ziane, condenado a três anos de prisão por "insultar as instituições " e "assédio sexual".
"Estes cidadãos têm sido, direta ou indiretamente, objeto de uma resolução do Parlamento Europeu que reconhece que foram vítimas de violações flagrantes devido à sua atividade como defensores dos direitos humanos, jornalistas, advogados e políticos", é referido na mesma nota.
Os membros do coletivo consideram os arguidos da rede, a ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, o ex-deputado Antonio Panzeri e a deputada social-democrata italiana Andrea Cozzolino responsáveis "pelos graves danos que sofreram", acrescenta a declaração.
Kaili, detida preventivamente, foi acusada de organização criminosa, corrupção e branqueamento de dinheiro no alegado esquema de suborno ligado a Marrocos e ao Qatar.
O deputado social-democrata belga Marc Tarabella é também acusado no mesmo caso.
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