Ex-namorada do impostor do Tinder revela porque o apoiou

Kate Konlin conta que assistiu ao documentário sentada ao lado dele no sofá. “Sabia que era tudo verdade”.

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Notícias ao Minuto
21/02/2023 19:19 ‧ 21/02/2023 por Notícias ao Minuto

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Quando saiu o documentário da Netflix, 'O Impostor do Tinder', em fevereiro de 2022, a namorada de Simon Leviev, à data, ficou ao seu lado e apoiou-o. Agora, livre dessa relação e em entrevista à BBC, Kate Konlin revela que não achava que tivesse escolha, uma vez que era controlada emocionalmente pelo namorado.

A mulher conta que no início da relação os seus amigos adoravam Leviev. 

O homem começou a enviar-lhe mensagens pelo Instagram em 2020 e, numa questão de semanas, estavam juntos.

“No começo, o nosso relacionamento era um bombardeio de amor”, conta à BBC. “Era obcecado por mim", revela. 

Leviev acompanhava-a a sessões de fotos e esperava enquanto ela trabalhava, limpava-lhe a casa e mandava longas e românticas mensagens de voz. Era intenso, revela a jovem que, com 23 anos, confessa que achava que era como o amor deveria ser. Até que começaram as discussões. 

Konlin afirma que, quando ele criticou a sua aparência, as suas roupas, o seu peso e até a sua pele (a jovem sofre de surtos de acne), ela começou a perder a confiança. Depois, via os amigos cada vez menos durante os 18 meses em que ficaram juntos. E, quando via, diziam que não era mais a pessoa calorosa, animada e comunicativa que conheciam. 

Depois de alguns meses, a história que aconteceu com as outras mulheres, repetia-se. Leviev começou a pedir dinheiro – até um total de cerca de 140 mil euros. 

Konlin encaminhou à BBC mais de uma dezena de mensagens de voz de Leviev. Grita com frequência e pede empréstimos, dizendo que o dinheiro dele está preso em investimentos. O discurso é igual ao que se pôde ouvir na série da Netflix.

O 'Impostor do Tinder' foi o documentário mais assistido da Netflix em 90 países quando foi lançado, em fevereiro de 2022. A produção afirma que Simon Leviev enganou mulheres que encontrava na aplicação de relacionamentos Tinder e que seus golpes atingiram milhões de euros. Ele nega tudo. 

Konlin conta que assistiu ao documentário sentada ao lado dele no sofá. “Eu sabia que era tudo verdade”, revela, contando que se sentiu obrigada a aceitar a versão dele sobre os fatos. Segundo Konlin, era um relacionamento controlador. Leviev convenceu-a facilmente a defendê-lo em público, por exemplo, no programa  americano Inside Edition.

Depois de muitas discussões, o desfecho ocorreu a 29 de março. A discussão final escalou para agressão física, com a modelo a ser empurrada e a cortar o pé em um degrau, que tinha uma borda áspera.
 
A jovem chamou uma ambulância e mais tarde fez queixa na polícia. 

Para Janey Starling, ativista contra os abusos domésticos, em declarações ao mesmo meio, o quadro descrito por Konlin sobre seu relacionamento com Leviev segue um padrão familiar.

“O controlo coercitivo é algo que acontece diariamente e é muito comum. Muito pequeno. Cresce sem ser detetado”, afirma. “Muitos homens abusivos nunca foram fisicamente violentos com suas parceiras... mas são fortemente controladores, criticam intensamente, depreciam-nas e fazem ameaças", afirma ainda. 

Mesmo depois de condenado, Simon Leviev tem centenas de seguidores nas redes sociais e continua a postar vídeos de si próprio com um estilo de vida luxuoso, rodeado de carros topo de gama e mulheres. 

Leia Também: Tinder aproveita Dia dos Namorados para apostar na segurança

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